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Polícia investiga tentativa de homicídio de candidata a vereadora em SP

Léo Áquilla estava em um carro que teria sido alvo de tiros disparados por um homem em uma motocicleta
27/09/2024 | 18h21

Por Francisco Lima Neto

(Folhapress) — A polícia investiga o caso da candidata à vereadora em São Paulo Léo Áquilla (MDB) que disse ter sofrido ataque a tiros na noite de quinta-feira (26) em São Paulo. O carro em que ela estava teria sido alvo de tiros disparado por um homem em uma motocicleta.

Ela não ficou ferida. Mulher trans, Léo é ex-coordenadora de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo e candidata pelo MDB. Segundo Léo, o ataque aconteceu na rodovia Presidente Dutra, altura do Parque Novo Mundo, na zona norte da capital.

Polícia confirma disparos contra o carro

“A vítima de 54 anos, candidata a vereadora na capital, relatou que estava em um veículo, quando um homem em uma moto simulou uma colisão. Após a vítima descer do carro, o suspeito retornou e efetuou disparos em sua direção, fugindo em seguida”, afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Segundo a polícia, veículo ficou com marcas dos disparos e teve um vidro quebrado.

Em entrevista à TV Globo, Léo contou como o ataque ocorreu. “Passou uma moto por mim, pelo lado direito e bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Parei imediatamente para prestar socorro. Ele veio no acostamento, na contramão, em direção ao meu carro. Quando chegou perto do meu carro ele começou a acelerar, aquela aceleração ensurdecedora, e eu vi um movimento de sacar uma arma. Quando me abaixei ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”.

A youtuber Léo Áquila foi coordenadora de políticas LGBTQIA+ da prefeitura de São Paulo (Foto: Arquivo pessoal)

Candidata diz que ataque foi transfóbico

Ela disse que vem sofrendo ameaças em razão de sua atuação política em defesa da população LGBTQIA+.

“Tenho recebido muitas ameaças porque eu combato mesmo transfobia, eu combato LGBTfobia, eu defendo mesmo a comunidade e aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta. Ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê? Que realmente me matem como quase aconteceu hoje?”, questionou.

A candidata não informou a quem teria solicitado a proteção à Polícia nem quando esse pedido foi feito. A SSP destacou que a candidata e seu assessor não ficaram feridos. A perícia foi acionada e o caso registrado como tentativa de homicídio no 73° Distrito Policial (Jaçanã) e diligências são realizadas para identificar o autor.

 

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