Por Igor Carvalho — Brasil de Fato
Na última segunda-feira (3), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) comunicou o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) que não há cobertores para a distribuição para a população em situação de rua da capital paulista.
“No momento não está disponível (sic) cobertores para a Seas, até segundo ordem do gabinete”, diz o e-mail encaminhado pela Smads ao órgão, que é responsável pela distribuição do item.
Na última semana, duas pessoas em situação de rua morreram por frio em São Paulo. Um homem foi encontrado sem vida no Largo da Concórdia, na região central, na madrugada do dia 31 de maio, quando a temperatura na capital paulista chegou a 9 °C.
Um dia antes, 30 de maio, outro homem morreu por frio. Seu corpo foi encontrado em uma calçada embaixo do Elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão, na altura do Largo do Arouche, também na região central de São Paulo.
Prefeitura é alvo de crítica
A vereadora Luana Alves (PSOL), se disse “indignada” e criticou a prefeitura. Segundo a parlamentar, a única justificativa é que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não prioriza a população em situação de rua, “mesmo que isso possa custar a vida dessas pessoas”.
“É chocante que a prefeitura, com um caixa de dezena de bilhões de reais, da cidade mais rica da América Latina, dê uma ordem de não ter cobertores. É um período de extremo frio, em que duas pessoas morreram, é inacreditável. Não tem justificativa para que não tenha havido planejamento, já que é o período de frio”, reclamou.
O Brasil de Fato entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para a manifestação da administração municipal.
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