Envelhecer é frequentemente visto com uma sensação de apreensão, mas pode estar rodeado de estereótipos equivocados. Que tal nos desafiarmos e mudar essa narrativa?
E se o resto de sua vida poderia ser a melhor parte dela?
Então, eu lhe pergunto, quais são alguns dos maiores equívocos sobre o envelhecimento que você tem ouvido até aqui? “Daqui pra frente, tudo vai ficar mais difícil”, “Os bons tempos já se foram, agora é ladeira abaixo”. Entre as mulheres; “Espere a menopausa chegar e verá o que é queda livre”.
Eu cresci ouvindo ou apenas experimentei em nossa cultura, que a vida diminui e fica mais desafiadora, à medida que envelhecemos. Perdemos a relevância, o valor como homens e mulheres. Que não somos tão vibrantes, vivos e úteis em sociedade. Nós realmente não honramos uma comunidade mais velha em nossa cultura ocidental.
E então, realmente parece um encerramento da vida de alguém quando, na verdade, minha experiência, está sendo exatamente o oposto. Para mim e para muitos, que estudam sobre a mente, tem sido também uma espécie de encerramento, mas de uma maneira diferente. Encerramento da ansiedade por coisas que não temos o poder de mudar, da frustração por não conseguir dizer não e da culpa quando dizemos. De se preocupar tanto com o que pensam de nós e o findar das tantas incertezas que nos deixavam tão inseguros.
Ao invés de se lamentar eu lhe convido a brindar a maturidade, a sabedoria que acumulamos em cada vivência boa e ruim, e de finalmente poder ligar a tecla “F” nos sentindo bem por isto. Ter mais foco na profundidade, no conhecimento e no autocuidado como um todo.
Fazer desta experiência inevitável do envelhecimento o compromisso com a nossa consciência e nosso próprio trabalho interior.
Quando damos mais atenção a nós mesmos, podemos realmente desafiar as crenças com as quais fomos inundados. Ter esse tipo de experiência, cada vez mais em que nos sentimos profundamente gratos por nossas vidas e realmente conectados com ela.
Acredito em boas memórias, mas não a memória do que gostaria de reviver e trocar pelo que me espera no futuro. Por que fantasiar sobre o passado como se os melhores anos não pudessem estar diante de nós?
À medida que envelhecemos, realmente fazemos o trabalho interno. E quando eu digo isso, significa, envolver-se em qualquer uma das atividades que desviem nossa atenção do mundo exterior, para o nosso próprio mundo interior. Escrever em um diário, meditação, terapia, workshops orientados para o nosso próprio desenvolvimento pessoal.
A minha experiência, trabalhando na área de autoconhecimento e desenvolvimento humano há mais de 15 anos, mostra que a maioria das pessoas realmente tem medo ou desconforto com o passar do tempo. Véspera de Ano Novo, um aniversário, como qualquer espécie de marcação de que estão envelhecendo. A maioria das pessoas se sente desconfortável com isso porque eles não estão realmente vivendo o agora.
Voltaremos ao passado se estivermos insatisfeitos com o presente ou iremos para o futuro se estivermos insatisfeitos com o presente.
Quanto mais você aprende a estar exatamente onde está, consegue lidar melhor com a realidade dos medos sobre envelhecimento, também do luto que acontece quando temos que nos despedir de coisas como a nossa aparência, da cor do nosso cabelo, níveis de energia, capacidade física, mobilidade, seja o que for.
Portanto, não devemos negar a realidade em nossos sentimentos, mas podemos usar esta época de envelhecimento para nos tornarmos mais profundamente conectados a nós mesmos, e assim poder celebrar a passagem do tempo.
Ao invés de nos lamentarmos com o envelhecimento podemos nos preparar para a idade da Sabedoria e ser mais felizes.
Grande abraço!
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