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Grupo Prerrogativas solicita à PGR novas investigações de possíveis crimes da Lava Jato

Petição aponta irregularidades de relatório do CNJ sobre as condutas de Sérgio Moro, Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol
21/05/2025 | 12h38
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O Grupo Prerrogativas solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a instauração de procedimento investigatório criminal contra o senador Sérgio Moro, a ex-juíza federal Gabriela Hardt e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol, por condutas praticadas na operação Lava Jato. O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (21).

A petição, assinada por vários juristas, tem como fundamento os relatórios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que identificaram indícios de graves irregularidades e possíveis crimes funcionais cometidos por integrantes do Judiciário e do Ministério Público Federal, no período em que atuaram na 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

O CNJ apontou irregularidades como a destinação sem respaldo legal adequado de valores provenientes de acordos de colaboração e de leniência para entidades privadas, especialmente à Petrobras, bem como a recirculação desses valores para a constituição de uma fundação privada e para o favorecimento de acionistas minoritários.

PGR

Os juízes Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt que atuaram na Lava-Jato (Foto: Reprodução redes)

Relatório da CNJ foi enviado à PGR em 2024

Para o CNJ, tais práticas fora, classificadas como “engenharia processual fraudulenta” e podem ser enquadradas como crimes de peculato, corrupção passiva e prevaricação. De acordo como os integrantes do Grupo Prerrogativas, o silêncio da PGR diante de documentos oficiais que apontam para um conluio institucional entre juízes, procuradores e entes privados configura grave omissão.

“Não estamos diante de meros desvios técnicos. Os relatórios revelam um padrão de atuação que, caso confirmado, compromete pilares fundamentais da legalidade e da imparcialidade do sistema de Justiça”, afirma Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos signatários.

O pedido ressalta que o relatório do CNJ foi aprovado por maioria do colegiado e encaminhado ao Procurador-Geral da República em junho de 2024 e que, até o momento, não houve qualquer diligência pública conhecida que indique a abertura de apuração criminal.

“É fundamental que o Ministério Público Federal cumpra seu papel constitucional de fiscal da lei e adote providências diante de condutas que podem representar uma das mais graves distorções institucionais de nossa história recente”, afirmam os subscritores.

 

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