O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso na quarta-feira (15) após uma operação que durou cerca de seis horas. Cerca de 6.500 poiadores de Yoon cercaram sua acasa e tentaram impedir a prisão, formando uma espécie de “corrente humana”.
Afastado desde dezembro de 2024, Yoon foi alvo de um mandado de prisão a partir de investigação que apura acusações de insurreição. Em dezembro, o presidente decretou uma lei marcial para restringir direitos civis. Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado, e a Suprema Corte está analisando se ele deve perder o cargo de forma definitiva.
Autoridades responsáveis pela investigação prepararam um questionário de mais de 200 páginas para Yoon que permaneceu em silêncio durante interrogatório e não permitiu a gravação. As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo. Em seguida, podem emitir mandado de prisão para detê-lo por até 20 dias ou liberá-lo.
Durante a custódia, Yoon será mantido no Centro de Detenção de Seul — que não é o mesmo local do interrogatório. As instalações usadas para o interrogatório incluem uma área de descanso com um sofá para acomodar Yoon, informou a agência Yonhap.
As autoridades têm 48 horas para interrogá-lo. Após isso, deverão solicitar um mandado de prisão para detê-lo por até 20 dias ou liberá-lo. Durante a custódia, Yoon será mantido no Centro de Detenção de Seul — que não é o mesmo local do interrogatório.

Cerca de 6.500 apoiadores cercaram a casa de Yoon e tentaram impedir a prisão (Foto: Reuters)
Operação para prender Yoon
Os investigadores tentaram prender Yoon pela primeira vez no dia 3 de janeiro. Naquele dia, os agentes foram impedidos de entrar na casa do presidente por seguranças e guardas militares. Desta vez, os investigadores um acordo com os guardas presidenciais, que garantiram que iriam autorizar a entrada para que o mandado de prisão fosse cumprido.
Em nota, o presidente afastado afirmou ser deplorável agentes realizarem uma “série de atos ilegais”, incluindo a prisão dele. Yoon disse ainda que concordou em prestar depoimento para evitar “derramamento de sangue”.
Presidente afastado decretou lei marcial
O decreto da lei, no início de dezembro, restringiu temporariamente o direito de civis. A medida também visava fechar a Assembleia Nacional, mas acabou fracassando e rejeitada pelos próprios deputados. Quando anunciou lei marcial, o presidente Yoon fez críticas à oposição. “Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”, disse.
Desde então, Yoon foi alvo de uma operação policial e de uma votação na Assembleia Nacional que o afastou do cargo. Atualmente, a Coreia do Sul está sendo governada por um presidente interino.
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