Os dois sócios de rede atacadista presos na 25ª etapa da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, nesta quinta-feira, 29, ainda acreditam e pregam que houve fraudes nas eleições de 2022. A informação consta da representação encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes para deflagração do trabalho da PF.
Delegados responsáveis pela Operação Lesa Pátria citaram a crença de investigados na ‘legitimidade’ da intentona golpista do 8 de janeiro, mesmo um ano após a invasão das sedes dos poderes, como justificativa da prisão.
A PF destacou como Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, sócios da rede de supermercados Melhor Atacadista, ainda acreditam na intentona golpista, com amparo na narrativa de “suposta ocorrência de fraudes nas eleições, da necessidade de impedir a existência, mediante intervenção das forças armadas, do governo eleito, e da justeza de promover constrangimento ou mesmo impedir o funcionamento do STF”. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Nessa linha, a prisão preventiva dos empresários foi solicitada sob o argumento de que não é ‘conveniente descartar a possibilidade de eles voltarem a cometer ilícitos contra o Estado Democrático de Direito e de Incitação ao crime’. A Procuradoria-Geral da República foi contra as detenções, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu o pedido da PF.
“A liberdade de alguém que comprovadamente participou de atos criminosos contra os poderes da República atenta contra a credibilidade do Poder Judiciário, por não adotar medidas tempestivas e adequadas relativas à persecução criminal”, sustentou ainda a corporação.
O pedido da PF culminou na ofensiva que na quinta-feira (29) buscou provas nas casas de supostos financiadores e organizadores de atos antidemocráticos realizados após as eleições 2022. Os alvos pagaram por um trio elétrico usado em manifestação golpista e angariaram fundos para bloqueios realizados após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula Silva.
Três empresários foram presos
Além de Adauto e Joveci, foi capturado Diogo Arthur Galvão, que trabalha em uma empresa do ramo de madeira. Ele transmitiu ao vivo o ato golpista em Brasília, publicando imagens dentro dos prédios públicos invadidos no 8 de janeiro.
Além disso, os investigadores fizeram buscas em sete estados e no Distrito Federal. Durante as diligências, a PF encontrou, na casa de um empresário em Palmas, valores em espécie: US$ 126 mil, R$ 104 mil, além de 20 mil euros. Também apreendeu 70 armas e um veículo Hummer.
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