O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (25) e abriu caminho para a formação de um novo governo. Desde o início deste ano, o país tem enfrentado forte onda de violência cometida por gangues — milhares de pessoas foram feridas mortes e feridos.
A renúncia foi oficializada em carta assinada em Los Angeles, nos Estados Unidos, e é datada de 24 de abril, tendo sido divulgada pelo gabinete do próprio Henry. Um conselho foi designado com a responsabilidade de selecionar o novo primeiro-ministro e o gabinete do Haiti.
O conselho estava previsto para ser estabelecido há mais de um mês, após os líderes caribenhos terem anunciado sua formação durante uma reunião de emergência para abordar a crise crescente no país.
Violência no Haiti
Segundo o G1, em 29 de fevereiro, gangues armadas realizaram ataques simultâneos em Port-au-Prince e áreas adjacentes. Delegacias e hospitais foram incendiados, o principal aeroporto internacional foi alvo de tiros e permanece fechado desde o início de março.
Além disso, as duas maiores prisões do Haiti foram invadidas, resultando na libertação de mais de 4 mil detentos.
Famílias deslocadas são acolhidas em escola de Porto Príncipe. Foto: Antoine Lemonnier/ ONU
Conselho
O conselho é composto por nove membros, com sete deles tendo poder de voto, que tem a responsabilidade de ajudar a montar a agenda para um novo gabinete. As atribuições incluem a nomeação de uma comissão eleitoral provisória e o estabelecimento de um conselho de segurança nacional.
A Comunidade do Caribe (CARICOM), de acordo com a CNN Brasil, demonstrou otimismo com a formação do conselho e espera que seja “um novo começo para o Haiti”.
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