Em janeiro de 2023, a produção industrial nacional variou -0,3% frente a dezembro, na série com ajuste sazonal, após apontar variação nula (0,0%) em dezembro de 2022, quando interrompeu dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou expansão de 1,5%. Frente a janeiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, a indústria variou 0,3% em janeiro de 2023, após registrar queda de 0,4% em dezembro de 2022, quando interrompeu dois meses consecutivos de avanço: novembro (0,8%) e outubro (1,2%) de 2022. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 0,2% em janeiro de 2023, reduziu a intensidade de perda frente ao verificado nos meses de dezembro (-0,7%), novembro (-1,1%), outubro (-1,5%), setembro (-2,3%), agosto (-2,6%) e julho (-2,8%) de 2022.
Na variação negativa de 0,3% da atividade industrial na passagem de dezembro para janeiro, três das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), produtos alimentícios (-2,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%). Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos químicos (-1,3%), de produtos de metal (-2,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,3%).
Por outro lado, entre as 14 atividades em crescimento, indústrias extrativas, ao avançar 1,8%, exerceu o principal impacto, e interrompeu dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou redução de 7,7%. Vale destacar também os avanços registrados pelos ramos de produtos diversos (9,2%), de produtos de borracha e de material plástico (1,6%) e de produtos de minerais não metálicos (2,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-4,2%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em janeiro de 2023, intensificando a perda de 1,6% registrada em dezembro de 2022. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,3%) e de bens intermediários (-0,8%) também apontaram redução na produção, com o primeiro eliminando parte do crescimento de 5,3% acumulado nos dois últimos meses de 2022; e o último marcando o segundo mês seguido de queda e acumulando perda de 1,5% nesse período. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) apontou o único avanço em janeiro de 2023, permanecendo, assim, com o comportamento predominantemente positivo iniciado em outubro de 2022 e acumulando nesse período ganho de 2,3%.
Média móvel trimestral da produção industrial varia -0,1% no trimestre encerrado em janeiro
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria variou -0,1% no trimestre encerrado em janeiro de 2023 frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em outubro de 2022.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-0,9%) e bens intermediários (-0,3%) recuaram nesse mês, com o primeiro permanecendo com a trajetória descendente iniciada em maio de 2022; e o segundo interrompendo dois meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou ganho de 1,4%.
Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (1,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,7%) assinalaram as taxas positivas em janeiro de 2023, com ambos marcando o segundo mês seguido de crescimento na produção e acumulando nesse período avanços de 1,9% e 1,5%, respectivamente.
Frente a janeiro de 2022, produção industrial avança 0,3%
Na comparação com janeiro de 2022, o setor industrial assinalou avanço de 0,3% em janeiro de 2023, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 9 dos 25 ramos, 38 dos 80 grupos e 47,1% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que janeiro de 2023 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por produtos alimentícios (4,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (34,1%), indústrias extrativas (2,0%) e outros equipamentos de transporte (27,0%). Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de produtos de borracha e de material plástico (5,6%), de bebidas (4,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,2%) e de móveis (9,2%).
Por outro lado, entre as 16 atividades com redução na produção, produtos de minerais não metálicos (-10,6%), produtos de madeira (-21,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,6%) exerceram as maiores influências. Outros impactos negativos importantes vieram de produtos químicos (-2,6%), metalurgia (-3,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,5%), impressão e reprodução de gravações (-21,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (13,9%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,6%) assinalaram os resultados positivos. Os setores produtores de bens intermediários (-1,7%) e de bens de capital (-6,6%) registraram os recuos nesse mês.
O setor produtor de bens de consumo duráveis avançou 13,9% frente a igual período do ano anterior, após recuar 4,3% no mês anterior, quando interrompeu quatro meses consecutivos de taxas positivas nesse tipo de comparação. O resultado desse mês foi o mais intenso desde junho de 2021 (31,7%). O setor foi impulsionado pela expansão na fabricação de automóveis (14,7%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (26,1%). Vale citar também os avanços registrados por eletrodomésticos da “linha branca” (6,9%), motocicletas (49,3%) e pelos grupamentos de outros eletrodomésticos (9,0%) e de móveis (7,7%).
A produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 4,6%, intensificando o crescimento de 1,5% em dezembro. O desempenho positivo nesse mês foi explicado pelas expansões nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,0%) e de não duráveis (13,4%). Vale citar também o resultado positivo do grupamento de carburantes (3,0%), influenciado pela expansão na produção de álcool etílico. Por outro lado, os grupamentos de semiduráveis (-5,7%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-5,1%) tiveram reduções.
O segmento de bens intermediários caiu 1,7% em janeiro de 2023, intensificando a variação negativa de 0,2% de dezembro. O resultado foi explicado pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos de minerais não metálicos (-10,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%), de produtos químicos (-5,3%), de metalurgia (-3,4%), de máquinas e equipamentos (-8,5%), de celulose, papel e produtos de papel (-1,4%), de produtos de metal (-0,8%) e de produtos têxteis (-1,5%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (2,0%), produtos de borracha e de material plástico (4,3%), produtos alimentícios (1,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,1%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-2,9%) e de embalagens (2,8%).
O setor produtor de bens de capital caiu 6,6% frente a igual período do ano anterior, quinta taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde agosto de 2020 (-14,5%). O segmento foi influenciado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de bens de capital para fins industriais (-13,8%), pressionado pela menor produção de bens de capital não-seriados (-58,2%) e dos seriados (-3,1%). Os demais resultados negativos foram registrados pelos grupamentos de bens de capital de uso misto (-22,2%), para energia elétrica (-2,9%) e para equipamentos de transporte (-0,3%). Por outro lado, os impactos positivos foram assinalados pelos subsetores de bens de capital agrícolas (17,2%) e para construção (0,6%).
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