Os professores da rede particular do ensino superior de São Paulo decidiram aprovar, no último dia 23, em assembleia promovida pelo SinproSP, o estado de greve da categoria. A proposta do sindicato patronal (Semesp) foi rejeitada.
Atualmente, cerca de 8 mil docentes que atuam nesse segmento, no ensino superior, somente na capital paulista. Os demais sindicatos do estado de São Paulo também participam da campanha.
Os docentes reivindicam aumento real de 2%, definição de um piso salarial e, também, o regramento da educação a distância (EAD). A campanha dos professores se iniciou em fevereiro deste ano.

Docentes de universidades particulares reivindicam aumento real de 2% (Agência Brasil)
A proposta do Semesp foi recusada pelos docentes por não se manifestar “sobre itens essenciais da pauta, além de oferecer somente a reposição da inflação aos salários”.
“Trata-se de desdém, de uma postura de quem pretende continuar apostando na precarização do trabalho docente, notadamente assumida pelas grandes corporações mercantis, mais interessadas na redução de custos, preocupadas apenas com as altas e baixas das ações no mercado financeiro e os bônus e gratificações que podem alcançar”, avalia Celso Napolitano, presidente SinproSP e da Fepesp.
Há ainda a possibilidade de uma greve da categoria, que deve ser analisada em uma próxima assembleia, caso as negociações não avancem,segundo avaliação do presidente SinproSP e da Fepesp.
“Esperamos avançar nas negociações, durante o mês de junho. Caso a representação patronal permaneça irredutível, convocaremos nova assembleia, para avaliar a possibilidade de greve”, Celso Napolitano.
Mobilização dos professores
O estado de greve dos professores da rede particular de São Paulo inclui ações como reforço nas visitas às salas de professoras e professores no mês de junho; e panfletagens nas portas de diversas instituições de ensino, em articulação com entidades estudantis.
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