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O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que o jornalista Luan Araújo seja condenado pelos crimes de injúria e difamação em razão de ofensas que teria cometido contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A informação é do jornalista Rogério Gentile, do UOL.

Em 2022, na véspera do segundo turno das eleições, Luan foi perseguido sob a mira de uma arma por Carla Zambelli após uma discussão em uma esquina dos Jardins, em São Paulo.

A deputada alegou que havia sido empurrada. A Procuradoria-Geral da República, no entanto, denunciou a deputada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Deputada foi denunciada pela PGR. Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados

Logo após o episódio, Luan publicou artigo em que afirmava que a deputada “segue uma seita de doentes de extrema direita, cometendo atrocidades atrás de atrocidades”.

O jornalista, à época, escreveu ainda que Zambelli se aproveitava da repercussão do episódio para “fazer o picadeiro clássico de uma extrema direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.

Zambelli, então, abriu um processo contra o jornalista na Justiça paulista. No processo, a deputada disse que as afirmações eram ofensivas, destacando como “traumatizante, o envolvimento prévio entre as partes [referindo-se à perseguição armada] não garante à suposta vítima um direito imutável de ofender gratuitamente seu suposto ofensor”.

Promotoria

O promotor Roberto Bacal, no último dia 6, deu um parecer favorável à condenação do jornalista. O processo, no entanto, ainda não foi julgado. “Desde o início do desentendimento, houve uma ofensa gratuita e dolosa contra a deputada”, disse o promotor.

“Ficou patente que, no dia em que ocorreu o desentendimento, a deputada almoçava em um restaurante com seu filho e um amigo e foi avistada pelo querelado. Sem qualquer provocação contra sua pessoa, ele se direcionou à deputada para lhe dirigir ofensas”, declarou Bacal.

O que diz o jornalista?

Na Justiça, o jornalista Luan Araújo afirma não ter cometido crime algum e que exerceu seu trabalho profissional, amparado pela liberdade de expressão.

Em entrevistas, ele diz que não empurrou a deputada, ao contrário do que ela alega. Disse que a havia xingado ao perceber que pedia voto ao recepcionista de um bar, o que originou uma discussão.

Ele contou que, em dado momento, ouviu um tiro. “Não sei se passou perto da minha perna, mas eu senti a bala chegando. Saí correndo do bar. Fiquei realmente assustado, temendo pela minha vida”.

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