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Foi protocolada na Câmara de São Paulo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como alvo o padre Julio Lancellotti. A informação foi revelada pela Folha de São Paulo nesta quarta-feira (3).

A iniciativa de investigar o religioso partiu do vereador bolsonarista Rubinho Nunes (União Basil), que desde o fim do ano passado buscava apoio para criar a “CPI das ONGs”.

Eram necessárias 25 assinaturas, que Nunes finalmente conseguiu reunir. O trabalho humanitário do Padre Julio na Paróquia de São Miguel Arcanjo, que ajuda pessoas em situação de rua na Cracolândia, na região central de São Paulo, é alvo preferencial do político de extrema direita.

Segundo o jornal, a expectativa é de que a comissão seja instalada no retorno do recesso, que termina em 1º de fevereiro.

“Protejam o Padre Julio Lancellotti”

A instalação da CPI gerou uma onda de apoio ao Padre Julio. Uma imagem do padre com a frase “protejam o Padre Julio” começou a ser compartilhada. Veja abaixo manifestações a favor do religioso.

Em nota, padre Julio afirmou que “a instalação de CPIs é uma prerrogativa do Poder Legislativo, sendo legítimas em suas atribuições. As CPIs devem ter um objetivo delimitado em sua criação, sendo que neste caso, pelo que se tem notícias, o abjeto que trouxe base para criação desta CPI seria a investigação/fiscalização das ‘Organizações Não Governamentais (ONGS) que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a Cracolândia’, ou seja, seria a fiscalização do cumprimento de convênios estabelecidos entre o Poder Público e as organizações conveniadas”.

Ainda segundo o religioso, “esclareço que não pertenço a nenhuma Organização da Sociedade Civil ou Organização Não Governamental que utilize de convênio com o Poder Público Municipal. A atividade da Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que, por sua vez, não se encontra vinculada de nenhuma forma, a atividades que constituem o objetivo do requerimento aprovado para criação da CPI em questão”.

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