Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) que mostra simulações de eventual segundo turno em 2026 mostra o presidente Lula (PT) em empate técnico com Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Junior (PSD), Eduardo Leite (PSD) e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL).
Em cenário de segundo turno em que o atual presidente concorre com Tarcísio, Lula tem 41% das intenções de voto, ante 40% do adversário, ou seja, apareceriam empatados na margem de erro, que é de dois pontos percentuais.
Na pesquisa anterior em março, Lula ainda tinha vantagem sobre Tarcísio: os índices eram de 43% a 37%. Meses antes, a dianteira era bem mais folgada: 52% a 26%.
Em um segundo turno entre Lula e Michelle Bolsonaro, o atual presidente teria 43% e a ex-primeira dama 39%. Eles apareceriam tecnicamente empatados, se a eleição fosse hoje, no limite da margem de erro.
Na simulação de segundo turno entre Lula e Ratinho Junior, o empate também é configurado: o petista teria 40% dos votos, e o rival, 38%. Os indecisos somam 4%, e brancos, nulos e eleitores que não votarão outros 17%. Em março, o placar estava em 42% a 35%.
Em uma possível disputa contra Eduardo Leite (PSD), o presidente Lula tem 40% das intenções de voto, enquanto o governador gaúcho soma 36%. Ambos estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou menos. A Quaest não simulou o cenário contra Eduardo Leite no levantamento anterior.
O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro também foi testado, mesmo inelegível, já que ele mantém sua candidatura até aqui. Se a eleição fosse hoje o quadro seria bastante parecido com o que vimos em 2022. Lula e Bolsonaro apareceriam empatados numericamente, cada um com 41% da intenções de voto.
A Genial/Quaest fez nesta rodada 2.004 entrevistas em 120 municípios, da quinta-feira passada (29) até o domingo (1º). O nível de confiança é de 95%.
Lula mostra vantagem diante de Eduardo Bolsonaro, Zema, Caiado
Lula mantém a liderança em simulações com outros três nomes cotados para a disputa. Quando o adversário no segundo turno é o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula vence por 44% a 34%.
Em disputa com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o petista tem 42% das intenções de votos, ante 33% do adversário.
Por fim, em cenário de segundo turno entre Lula e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o placar fica em 43% a 33%.
Para maioria, eleição de 2026 não deveria nem Lula nem Bolsonaro
A pesquisa também perguntou se o atual presidente deveria se candidatar à reeleição. Disseram que não 66% dos entrevistados — o índice era de 52% no levantamento feito em dezembro.
Além disso, a pesquisa aponta que 65% entendem que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura agora e apoiar outro candidato. O ex-presidente promete insistir em disputar a Presidência, comportamento que tende a embaralhar a escolha de um outro nome de seu campo político para 2026.
Para 17%, se Bolsonaro não for candidato, o nome da direita na sucessão presidencial deve ser Tarcísio, e 16% responderam Michelle. Outros 11% citaram Ratinho Junior.
Para o cientista político Felipe Nunes, “o recado aqui é claro. Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro”.
“Só de ser o anti-Lula o candidato já tem potencial de 40%. Assim como o candidato anti-Bolsonaro tende a ter potencial de 45%. O medo de que o outro lado vença, força uma escolha pela rejeição”, afirma Nunes.
A Genial/Quaest também pesquisou a rejeição dos candidatos. Disseram que conhecem e não votariam em Lula 57%, ante 40% que responderam que conhecem e votariam. Em relação a Bolsonaro, os números são parecidos: 55% disseram que conhecem e não votariam, ante 39% que responderam na linha oposta.
Outro com rejeição elevada é Eduardo Bolsonaro, com 56% de respostas “conhece e não votaria”.
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