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Quem é Jim Jordan, o deputado dos EUA que está à frente dos ataques ao STF

Ainda hoje, o deputado se recusa a dizer que Trump perdeu as eleições para Biden
18/04/2024 | 17h57

Por Heloisa Villela

O relatório da Comissão de Justiça da Câmara do Congresso americano, que vazou despachos do ministro Alexandre de Moraes, não tem assinatura. A autoria do documento é atribuída aos funcionários do colegiado.

Mas é importante saber quem é Jim Jones, o deputado republicano do estado de Ohio, que desde janeiro de 2023 preside essa comissão. Republicano e aliado fiel do ex-presidente Donald Trump, ele é apontado como peça chave nas articulações que levaram à invasão do Congresso, em janeiro de 2021.

Quatro dias antes da invasão, Jones coordenou uma chamada telefônica com Donald Trump para traçar estratégias que impedissem a certificação dos votos do colégio eleitoral.

Nos Estados Unidos, quando o Congresso certifica os votos, o resultado da eleição presidencial fica oficialmente sacramentado. E até o último minuto, Trump e seus aliados manobraram para tentar impedir que a vitória de Joe Biden nas urnas fosse formalizada.

Jordan faz parte de um grupo de 126 republicanos que mesmo após o ataque ao Congresso, se recusou a certificar o resultado das urnas.

Ainda hoje, o deputado Jim Jordan se recusa a dizer que Trump perdeu as eleições para Biden.

Ele foi chamado a depor na investigação da Câmara, uma espécie de CPI, que se aprofundou nos eventos do 6 de janeiro e nos atos que antecederam a invasão. Ele se recusou a responder perguntas dos colegas e participou de uma manifestação que tentou impedir os trabalhos da CPI.

Além de ter lutado contra as medidas de contenção da Covid e combatido a obrigatoriedade da vacinação, Jordan lidera uma campanha jurídica, ou uma perseguição na Justiça, contra pesquisadores e organizações dedicadas ao estudo das mídias sociais como o Observatório da Internet, da Universidade de Stanford, e a Universidade de Washington.

Cristão evangélico, Jim Jordan é considerado o deputado mais conservador do Congresso dos Estados Unidos no momento, o que não é uma disputa fácil. Em 2018 ele afirmou categoricamente: “nunca vi Trump mentir”.

Mas uma exposição, em Nova Iorque, dedicada à divulgação de informações falsas do ex-presidente apresentou dezenas de tweets mentirosos de autoria de Trump. Foram tantas inverdades que a conta dele foi derrubada da plataforma até Elon Musk comprar a empresa e liberar o perfil de Trump novamente.

 

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