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Relatório preliminar da OMM indica que 2023 é o ano mais quente registrado

Documento alerta para recordes de temperaturas globais, aumento do nível do mar e calor intensificado em 2024 com o fenômeno "El Niño"
30/11/2023 | 17h55

A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP28, teve início hoje (28) com o lançamento do relatório preliminar do Estado Global do Clima divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Na abertura da conferência em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em mensagem de vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre as condições meteorológicas extremas observadas neste ano “estamos vivendo um colapso climático em tempo real, e o impacto é arrasador”.

O documento cita que 2023 quebrou recordes climáticos que devastaram o mundo. A temperatura média global próxima à superfície até outubro foi cerca de 1,4 °C acima da média da era pré-industrial, valor  superior em comparação a recordes anteriores vistos nos anos de 2016 e 2020.

Desde 2015 até hoje, a OMM ressalta que foram os anos mais quentes já registrados. O fenômeno “El Niño”, surgido durante a primavera no Hemisfério Norte, intensificará o calor no próximo ano.

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, afirma que esse cenário de recordes “os níveis de gases de efeito estufa são recordes. As temperaturas globais são recordes. A subida do nível do mar é recorde. O gelo marinho da Antártida está em uma baixa recorde” provoca a tendência em deixar o clima “cada vez mais inóspito”.

Simon Stiell, secretário executivo da ONU sobre Mudanças Climáticas, na véspera da COP28, já havia alertado sobre o momento preocupante em que a crise climática se intensifica, prejudicando bilhões de pessoas e custando trilhões em prejuízos econômicos.

MEDIDAS 

A COP contempla o primeiro “Balanço Global” para a avaliação do progresso coletivo na redução das emissões de gases do efeito estufa e reforça o apoio aos países em desenvolvimento atingidos pelo aquecimento global.

Entre as medidas estão a de emitir alertas precoces contra condições meteorológicas extremas até 2027, defendeu a operacionalização do “Fundo para Perdas e Danos” para ajudar os mais vulneráveis ​​atingidos por inundações, secas e outros desastres climáticos e pediu o cumprimento da promessa feita pelos países de disponibilizar US$ 100 bilhões de por ano em financiamento climático, e que dupliquem o financiamento destinado aos esforços de adaptação.

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