Na última semana do ano, o embate polarizado se deu principalmente na economia, ainda que em um cenário de menções bastante reduzido. Para além de uma espécie de retrospectiva entre ataques e enaltecimentos ao governo, dois temas chamam atenção nos últimos dias: combustíveis e salário-mínimo.
No debate sobre combustíveis um movimento interessante: a reoneração do diesel acompanhada da redução no preço do combustível criou um cenário complexo para que o bolsonarismo explorasse o tema. A dificuldade resultou até mesmo em uma série de ataques contra jornalistas especializados que analisaram, ao longo da semana, a necessidade da reoneração. Comentaristas ligados ao canal Globonews foram os alvos centrais deste ataque, que teve até mesmo indícios de “convocatória” para uma paralisação de caminhoneiros no início da semana. O movimento, no entanto, não gerou resultados.
Já o aumento do salário-mínimo virou piada entre atores não-polarizados nas redes sociais. O valor, promovido por governistas e perfis de notícias de maneira isolada é considerado extremamente baixo por estes usuários que comentam frases como “calma presidente Lula eu não vou saber o q fazer com tanto dinheiro” (1.1 milhão de visualizações) e “chega!! chega por favor!! não sou merecedor de tanta grana papai lula” (2.1 milhões de visualizações).
A mesma abordagem é observada em comentários de notícias sobre o tema. Sem contexto, a simples promoção do valor do salário-mínimo abre ainda espaço para críticas sobre a inflação e o aumento de produtos entre os usuários.
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