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Ricardo Nunes é investigado por improbidade administrativa no recapeamento das vias de São Paulo

Remanejamento de recursos conteria ilegalidades, segundo Bancada Feminista do PSOL na Câmara do Vereadores
11/06/2024 | 10h53

Por Brasil de Fato

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu investigação sobre possível ato de improbidade administrativa por parte do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por conta de remanejamento orçamentário para recapeamento de vias da cidade.

A investigação atende representação protocolada pelo mandato coletivo Bancada Feminista (PSOL), da Câmara Municipal de São Paulo. O promotor de justiça Silvio Antonio Marques assina a abertura do inquérito, em despacho publicado no último dia 3 de junho.

As co-vereadoras do PSOL destacaram o remanejamento de recursos de R$ 220 milhões, retirados de oito pastas da prefeitura, para o recapeamento. Essa manobra orçamentária pode conter ilegalidades, segundo a Bancada.

A representação destaca ainda uma segunda determinação da prefeitura para remanejamento de um valor ainda mais alto — R$ 329 milhões —, que seriam destinados para construção de terminais de ônibus.

De acordo com o documento que determina a investigação, “houve possível remanejamento ilegal de verbas de mais de oito pastas para utilização na rubrica recapeamento” e “os atos foram, possivelmente, revestidos de ilegalidades, além de ofenderem ao interesse público, por terem como fim objetivos pessoais e eleitoreiros”.

Silvia Ferraro, integrante da Bancada Feminista do PSOL na Câmara de São Paulo

Interesse eleitoral de Ricardo Nunes

Uma das integrantes da Bancada Coletiva, a co-vereadora Silvia Ferraro, afirmou que “está nítido que o interesse de Nunes, com o remanejamento orçamentário, era recapear a sua própria imagem para a população, já que ele é pré-candidato à prefeitura e pouco conhecido pela população”. Nunes assumiu o posto de prefeito após a morte de Bruno Covas, cabeça de chapa na eleição municipal de 2020.

Em contato com o Brasil de Fato, a prefeitura da capital paulista afirmou que “todos os remanejamentos orçamentários foram feitos dentro da legalidade”, e apontou que a abertura dos créditos é prevista por legislações municipais e por lei federal.

 

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