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‘Rio Grande do Sul perdeu mais ou menos R$ 30 bilhões de seu capital fixo de um dia para o outro’, diz economista gaúcho

Diretamente de Porto Alegre, Rafael Pahim, doutorando em economia para Universidade Federal do RS, foi entrevistado na edição de quinta-feira (16) do ICL Mercado e Investimentos sobre os impactos econômicos da tragédia climática no estado.
17/05/2024 | 12h36

A tragédia sem precedentes na história do Rio Grande do Sul, em que mais de 90% dos municípios foram afetados pelas fortes cheias em consequências dos temporais que atingiram o estado entre o fim de abril e início de maio, trouxe enormes impactos econômicos que já começam a ser contabilizados.

Entrevistado na edição de ontem (16) do ICL Mercado e Investimentos, programa diário transmitido no canal do ICL no YouTube e apresentado pelos economistas Deborah Magagna e André Campedelli, o também economista Rafael Pahim falou diretamente de Porto Alegre, capital gaúcha, sobre as perdas que começam a ser contabilizadas.

“Ainda é muita água, acima do que tivemos há quase 100 anos. Mas algumas estimativas já foram feitas pelo pessoal da UFRGS [Universidade Federal do Rio Grande do Sul] e da PUC-RS [Pontifícia Universidade Católica]. As estimativas hoje – e ainda vão piorar, porque a água ainda está muito alta -, são de mais de R$ 30 bilhões na queda de estoque em capital fixo. Isso é mais ou menos 3% de todo o capital fixo do RS que foi destruído ou quase destruído de um dia para o outro”, diz o economista, que é doutorando em economia na UFRGS.

Segundo ele, o RS tem por ano, em média, investimento de R$ 100 bilhões, incluindo o público e o privado. “Perdemos, em um dia, um terço disso”, lamenta.

Pahim conta que os impactos da tragédia climática na economia gaúcha são divididos em dois ramos: no fluxo de renda (PIB e arrecadação do governo) e no estoque da renda (máquinas, equipamentos, casas, plantas industriais e infraestrutura geral). Mas a estimativa consolidada das perdas só será possível fazer quando as águas – que hoje estão acima de 4,70 metros – baixarem.

Assista à entrevista completa com o economista Rafael Pahim no vídeo abaixo:

 

 

Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos

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