A Rússia voltou a atacar a cidade de Kiev, na Ucrânia, nesta segunda-feira (8) com um lançamento em série de mísseis que deixaram cerca de 28 pessoas mortas. Segundo autoridades locais, o ataque atingiu um hospital pediátrico.
Esse ataque já é considerado um dos piores bombardeios desde o início da guerra. O hospital pediátrico Ohmatdyt, o maior de Kiev, foi parcialmente destruído. A informação foi dada pelo G1.
Paciente de hospital atingido por bombardeio em Kiev é retirada em maca, em 8 de julho de 2024. — Foto: Thomas Peter/ Reuters
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pessoas estavam presas sob os escombros do hospital. “Há pessoas sob os escombros e ainda não sabemos o número exato de vítimas. No momento, todos estão ajudando a retirar os escombros, tanto médicos como pessoas comuns”, disse.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que a Rússia disparou mais de 40 mísseis contra a cidade. Os bombardeios também destruíram três subestações de energia elétrica da cidade
Outras cidades do centro e do leste do país também foram alvejadas, como Dnipro, Sloviansk e Kramatorsk.
A Rússia negou ter atingido alvos civis e afirmou ter atacado apenas bases aéreas militares em território ucraniano.
Cidades atingidas pelo ataque da Rússia
Dez das 20 mortes aconteceram na cidade de Kryvyi Rih, local onde nasceu o presidente ucraniano Segundo o prefeito local, outras 30 pessoas também ficaram feridas.
Em Dnipro, um arranha-céu e uma empresa foram danificados, afirmou o governador de Dnipropetrovsk, Sergei Lysak. O ataque também atingiu um posto de gasolina, onde deixou feridos. No leste da Ucrânia, na região de Donetsk, pelo menos três pessoas morreram em Pokrovsk.
“Este bombardeio afetou civis, atingiu infraestruturas, e o mundo inteiro deveria ver hoje as consequências do terror, que só podem ser respondidas com força”, disse o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrei Yermak.
O presidente Volodymyr Zelensky pediu aos aliados que enviem mais sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia. Zelensky nesta semana irá a Washington (EUA) para participar de uma cúpula da Otan.
“A Rússia não pode afirmar que ignora por onde voam os seus mísseis e deve prestar contas por todos os seus crimes”, publicou nas redes sociais.
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