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Sanções impostas à Rússia vão endurecer, beneficiando comércio exterior do Brasil

Rússia ainda se beneficia da alta dependência do bloco europeu em função das necessidades energéticas
06/04/2022 | 18h00

O comércio exterior brasileiro foi muito favorecido com a situação entre Rússia e Ucrânia. O resultado pode ser mais positivo com novas sanções que serão impostas pela Comissão Europeia.

Muitos bens produzidos nas economias envolvidas no conflito estão sendo agora exportados pelo país, como níquel e algumas commodities alimentícias, que, junto à alta do preço no mercado internacional, fizeram com que os resultados fossem muito positivos.

Os dados da balança comercial de março divulgados no início do mês de abril apresentaram um resultado positivo de US$ 7,38 bilhões, resultado de um nível de exportações de US$ 29,09 bilhões de US$ 21,71 bilhões em importações. Houve aumento significativo das exportações, com alta de 27% em apenas um mês.

A melhora da balança comercial é uma boa notícia para o país, que pode ter neste setor um pilar importante para que o resultado do PIB seja um pouco mais distante da estagnação prevista para o final do ano.

União Europeia já pagou 35 bilhões de euros para a Rússia

A Comissão Europeia anunciou ontem (5) o 5º pacote de sanções contra a Rússia. Está prevista a proibição de importação de carvão russo pelos Estados-membros, mas não inclui o setor de petróleo e gás.

Nesta quarta-feira (6), durante a plenária do Parlamento europeu, em Estrasburgo, em meio às discussões para endurecer as sanções contra o regime de Vladimir Putin, que ainda se beneficia da alta dependência do bloco europeu em relação à Rússia para atender suas necessidades energéticas, foi revelado que, até o momento, os países da União Europeia já pagaram pelo menos 35 bilhões de euros à Rússia (cerca de R$ 180 bilhões na cotação atual) pela importação de fontes de energia desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro.

“Demos 1 bilhão de euros à Ucrânia. Pode parecer muito, mas é aquilo que pagamos diariamente Putin por energia. Desde que iniciou a guerra, já demos [à Rússia] 35 bilhões de euros”, afirmou o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell.

Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com a intenção de diminuir os valores pagos à Rússia, mais sanções serão anunciadas. “Precisamos pensar no petróleo e em um sistema bancário para limitar de verdade as rendas derivantes dos combustíveis fósseis para a Rússia”, disse.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do Boletim “Economia para Todos

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