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São Paulo tem ruas e estação do Metrô alagadas após fortes chuvas 

Cidade registra dezenas de carros atingidos; 179 mil imóveis ficaram sem luz
25/01/2025 | 09h16
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Por Guilherme Jeronymo — Agência Brasil

A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos na tarde da sexta-feira (24). Registros de carros presos em enchentes e de grande volume de água começaram a surgir por volta das 16h e mostraram enchentes na Zona Norte, onde a estação Jardim São Paulo, da linha Azul do Metrô foi alagada.

A Defesa Civil enviou, pela primeira vez para a cidade de São Paulo, o “alerta severo” por sistema de mensagem para praticamente todos os celulares que estavam em redes 5G por volta das 15h da sexta-feira (24): “Chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em loca seguro”, foi o alerta enviado.

Na Zona Oeste, o Beco do Batman virou um rio com forte correnteza e, entre a Zona Norte e a zona Leste, foram registrados diversos pontos de alagamento. Na Zona Norte, parte do teto do Shopping Center Norte desabou. Até o momento, não houve registro de vítimas.

Os bombeiros informaram outros dois desabamentos na região metropolitana e 20 chamados para alagamentos. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE-SP) confirmou 10 alagamentos intransitáveis na cidade na tarde de sexta-feira (24).

Chuva forte no meio da tarde de sexta-feira (24) deixou ruas alagadas e transporte público interrompido (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O estado de atenção foi mantido até as 17h35. Segundo o CGE, as fortes chuvas foram causadas por áreas de instabilidade formadas pela brisa marítima, pelo calor e a alta disponibilidade de umidade, que atuaram com forte intensidade na cidade, principalmente nas Zonas Norte e Leste.  Houve registro de ventos intensos, com pico de 70,4km/h na região do Aeroporto de Guarulhos, às 15h26.

Na região da Vila Maria/Vila Guilherme, onde houve registro de alagamentos, choveu 104,4 mm. Na Vila Madalena, foram 90mm. São Paulo teve até ontem, média de 85,4 mm de chuvas, desde o dia primeiro de janeiro. O sistema Saisp, que registra a situação dos rios na região, teve oito veios que extravasaram nesta tarde.

Estação de metrô alagada na Zona Norte

Uma das estações mais atingidas foi a do Jardim São Paulo – Ayrton Senna (linha Azul), que chegou a ficar inundada e os passageiros precisaram se agarrar aos alambrados para se protegerem. O temporal foi tão forte que goteiras apareceram no interior dos vagões.

Uma das estações mais atingidas foi a do Jardim São Paulo – Ayrton Senna (linha Azul), que chegou a ficar inundada e os passageiros precisaram se agarrar aos alambrados para se protegerem. O temporal foi tão forte que goteiras apareceram no interior dos vagões.

Conforme o site da empresa, três linhas – Azul, Verde e Vermelha – passaram a funcionar com  velocidade reduzida. As outras três – Amarela, Lilás e Prata – voltaram a operar normalmente depois do temporal. As linhas 10, 11 e 13 da CPTM ficaram com om funcionamento parcial. A linha 12 – Safira, que atende a Zona Leste na região que é da várzea do rio Tietê, ficou paralisada a partir das 16h de sexta-feira (24).

Ao menos 14 voos tiveram de ser desviados dos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, e Guarulhos, na Grande São Paulo, por causa da forte chuva que atingiu a região na tarde desta sexta-feira (24). As empresas aéreas confirmaram que até às 18h30 outros oito voos que partiriam ou chegariam foram cancelados nos dois aeroportos.

Segundo a companhia aérea Gol, nove aviões que desceriam em Guarulhos tiveram de pousar em outros aeroportos. O mesmo aconteceu com dois voos da companhia com direção a Congonhas.
Dois aviões da empresa que decolariam de Guarulhos foram cancelados. Um que partiria de Goiânia para o aeroporto da Grande São Paulo nem decolou. Em Congonhas foram dois cancelamentos da Gol.

 

179 mil imóveis ficaram sem luz

A forte chuva que caiu na tarde desta sexta-feira (24) em São Paulo deixou cerca de 179 mil imóveis sem energia elétrica na região metropolitana, segundo a Enel. Até o começo da noite, por volta das 19h30, a concessionária informou que conseguiu restituir cerca de 30% dessas instalações.

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