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Seca deve fazer conta de luz subir a partir de setembro, com bandeira amarela

Definição será feita pela Aneel na próxima sexta-feira (30)
26/08/2024 | 14h42

As contas de energia elétrica devem ficar mais caras a partir de setembro por conta da seca no país. O governo já está ciente de que a bandeira amarela na conta de luz deve ser acionada no próximo mês. A informação foi dada pelos jornalistas Thaís Barcellos e Bernardo Lima, do jornal O Globo.

O acionamento da bandeira amarela se deve à queda no nível dos reservatórios com a seca em todo o país. A definição será feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima sexta-feira (30). O custo adicional é de R$ 1,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) de energia usada.

Também deve começar a pesar mais para os consumidores os gastos com o acionamento de usinas térmicas para dar conta da demanda no horário de pico. A expectativa é que a bandeira amarela não dure muito se as chuvas prometidas para o início do período úmido, em outubro, se confirmarem.

Energias solar e eólica

Atualmente, as energias solar e eólica já respondem por 31,4% da geração de energia elétrica no país. As duas fontes de energia renovável, embora mais sustentáveis ​​do ponto de vista ambiental, são intermitentes. Ou seja, têm grande variação de oferta, porque são dependentes da luz do sol e do vento.

As energias solar e eólica já respondem por 31,4% da geração de energia elétrica no país. (Foto: Divulgação)

Por isso, em um período curto de tempo, outras fontes precisam compensar a geração solar e atender à demanda maior. No Brasil, esse papel é geralmente cumprido pelas hidrelétricas, mas que também são prejudicadas em períodos de seca, como o atual.

A preocupação mais urgente do governo é com a capacidade de geração de energia nos horários de pico em outubro, quando já está mais quente, o que aumenta o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, mas as chuvas ainda não se consolidaram.

Seca

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pediu ajuda ao governo para que todos os instrumentos estejam disponíveis, entre eles os térmicos, que são mais caros, a fim de evitar apagões.

Uma das propostas é a antecipação da operação térmica da Neoenergia em Pernambuco, inicialmente prevista para 2026.

Ao contrário da última crise, em 2021, as usinas só estão ligadas por cerca de seis horas em dias específicos, quando as hidrelétricas e as eólicas não compensam a queda brusca da geração solar no fim do dia.

De acordo com a equipe do ministro Alexandre Silveira, o cenário “não é confortável”, porém não causa riscos ao sistema.

 

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