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O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a eliminação gradual dos combustíveis fósseis em um ritmo condizente com a meta de conter o aquecimento global em até 1,5°C. A declaração foi dada hoje durante a COP-28. Proposta foi apresentada pelo Brasil na semana passada.

“Mas isso não significa que todos os países devem eliminar os combustíveis fósseis ao mesmo tempo”, ressalvou Guterres, citando a necessidade de se respeitar o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” criado pela Convenção-Quadro do Clima da ONU, em 1992.

A proposta para que a eliminação dos fósseis obedeça a um calendário foi apresentada pelo Brasil. Segundo a recomendação, os países desenvolvidos devem se adiantar e permitir ao bloco em desenvolvimento uma transição energética mais lenta.

Após ter participado da abertura da conferência, nos dias 29 e 30 de novembro, Guterres esteve de volta à COP-28 hoje para acompanhar a conclusão das negociações. Em entrevista à imprensa, ele deu recados aos negociadores sobre os pontos que travam um acordo.

“Um acordo sem meios de implementação é como um carro sem rodas”, afirmou, em recado ao bloco desenvolvido, que, no domingo (10), se opôs à seção inteira sobre meios de implementação da agenda de adaptação climática, em meio a uma disputa com os países em desenvolvimento sobre a extensão das responsabilidade do bloco rico sobre o financiamento da adaptação no restante do mundo.

Segundo Guterres, o desafio climático não se resume a financiamento, o que serviu de alerta para participação de países em desenvolvimento para cooperar na direção de um consenso que não coloque em xeque a ambição do acordo.

A presidência da COP-28 não conseguiu publicar um novo rascunho na manhã desta segunda, como havia sinalizado, e agora corre contra o tempo para mostrar algum avanço na fase final das negociações.

 

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