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Brasileiros criam sensor que detecta em três minutos doenças como Alzheimer

Equipamento é sustentável e de baixo custo abaixo, e custa cerca de R$ 0,50
22/03/2024 | 05h00

Pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Federal de Viçosa (UFV) desenvolveram um sensor para monitorar biomarcadores na urina. O equipamento pode fornecer rapidamente informações via smartphone.

Com custo de produção abaixo de R$ 0,50, o dispositivo analisa vários biomarcadores em três minutos, sem pré-tratamento da amostra. Testes incluíram ácido úrico e dopamina, importantes biomarcadores para diversas doenças.

Funcionamento

O dispositivo contém uma tira de sensor flexível com eletrodos que mede uma variedade de biomarcadores em três minutos, após receber gotas de urina humana, sem pré-tratamento da amostra.

Sensor acoplado ao smartphone monitora biomarcadores que são capazes de identificar de forma rápida, com algumas gotas de urina, o Alzheimer

Sensor monitora biomarcadores que são capazes de identificar de forma rápida, com algumas gotas de urina, o Alzheimer. Foto: Paulo Raymundo-Pereira/ USP

Os biomarcadores ácido úrico e dopamina foram analisados nos testes, relevantes para várias doenças como: gota, câncer, disfunção renal, diabetes tipo 2, além de distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo esquizofrenia, depressão, Alzheimer e Parkinson.

Segundo o pesquisador Paulo Augusto Raymundo-Pereira, do IFSC–USP, o sensor permite monitoramento remoto de sinais vitais e biomarcadores

“A integração de sensores químicos eletrônicos com dispositivos portáteis permite monitorar continuamente e remotamente os principais sinais vitais, níveis de metabólitos e biomarcadores dos pacientes em tempo real para apoiar a saúde e o bem-estar”, afirma.

Sensor sustentável

O sensor, feito com o uso de filmes biodegradáveis de poliácido lático (PLA), visa sustentabilidade e atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU na Agenda 2030. Além disso, o sensor se destaca por sua diferença dos mecanismos convencionais feitos de plásticos à base de petróleo, conhecidos por poluir o meio ambiente.

O PLA, segundo Pereira, “é um poliéster biodegradável, reciclável e compostável, derivado do ácido lático e produzido a partir de recursos naturais renováveis por fermentação de polissacarídeos ou açúcares extraídos do milho, trigo, batata, cana-de-açúcar, arroz e beterraba sacarina”.

Esta escolha foi feita devido às suas “características intrínsecas”, como “propriedades químicas, físicas, mecânicas e térmicas, bem como sua alta resistência, elasticidade e rigidez. “, acrescenta.

Segundo O Globo, o material — PLA — já possui aprovação da Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos para uma variedade de aplicações biomédicas.

Entre elas, stents, placas e parafusos ortopédicos, suturas absorvíveis, veículos de administração de medicamentos, filmes de prevenção de adesão, engenharia de tecidos, dispositivos implantáveis e contato direto com fluidos biológicos.

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