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Servidores do Ibama decidem manter paralisação e vão sair da Terra Yanomami

Funcionários reivindicam reestruturação de carreira; greve já dura uma semana
12/01/2024 | 07h18

Servidores do Ibama e de outras carreiras federais ligadas à área do meio ambiente decidiram manter uma paralisação iniciada na semana passada que visa garantir uma reestruturação de carreira, e anunciaram que vão retirar equipes do Território Indígena Yanomami, mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter anunciado um reforço nas ações do governo na região, que passa por crise humanitária.

Uma assembleia do Conselho de Entidades da Ascema Nacional realizada na quarta-feira determinou a ampliação das paralisações após o governo só ter prometido uma nova rodada de reuniões em 1º de fevereiro, mesmo com as categorias cobrando negociações por mais de um ano, de acordo com nota da entidade.

“Diante desse cenário, os servidores reunidos em assembleias nos Estados e no Distrito Federal decidem se concentrar exclusivamente em atividades internas e burocráticas, de escritório, até que o governo reconheça o valor das demandas trabalhistas desta estratégica carreira do serviço público federal e atue com celeridade para concluir as negociações”, disse a categoria em nota divulgada nesta quinta-feira (11).

 

“Esta decisão inclui também a suspensão das ações de campo na Terra Indígena Yanomami, tendo em vista a permanência das deficiências nas condições de trabalho e os resultados já alcançados na proteção ambiental desde 2023”, ressaltou a entidade.

Além do Ibama, a entidade representa servidores do Ministério do Meio Ambiente, do ICMBio e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). As categorias alegam que há um “descaso” do governo e cobram uma reestruturação da carreira, a solução de impasses trabalhistas, além da realização de um amplo concurso público para as carreiras.

A decisão das categorias é um sério revés para o governo Lula, que na terça-feira anunciou a implementação de uma nova fase de proteção do Território ianomâmi, que contará com presença permanente e investimento de 1,2 bilhão de reais em 2024, segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Com informações da Reuters

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