Podemos considerar como fato que depois de um tempo, os casais acabam perdendo a atração física um pelo outro? Como prolongar a vida sexual do casal? Será que ficar sem o sexo na relação é tão ruim assim?
O filme “Um divã para dois“, com Meryl Streep e Tommy Lee Jones fala sobre um casal, juntos há 32 anos, que tem uma convivência amigável, mas perderam o que eu chamo de “a faísca do amor”. Se for assistir ao filme, perceba que o que os afastou foi a falta do contato físico e não o amor. Eles perderam o toque, a conexão entre eles.
É evidente que com o tempo o sexo muda entre o casal e para que esta mudança não deixe a chama entre eles apagar, precisa ser mantido o contato físico. Eu poderia falar horas sobre o assunto e dar sugestões e formas de como manter esta chama acessa, mas tudo se baseia nesta pequena faísca que é produzida quando se toca o ser amado.
As necessidades sexuais do homem e da mulher são diferentes, baseadas em vários fatores como emocionais e diferenças hormonais. Elas precisam ser preenchidas para que a libido dos dois continue a se manifestar.
As necessidades das mulheres são mais subjetivas, ligadas às condições psicossociais e relacionais, como Rosemary Basson, psiquiatra canadense, pesquisadora do Centro de Sexualidade de Britsh Columbia, relatou no final dos anos 90. A libido das mulheres desperta quando elas são ouvidas, acariciadas e cortejadas, sem a intenção de levá-las ao ato sexual, mas sim durante o convívio cotidiano. Grande parte do desejo feminino está ligado a estes fatores, um carinho, um abraço ou mesmo um elogio.
O homem precisa se sentir admirado, respeitado. Sentir que ele é importante na vida da mulher. Um comentário feminino dizendo o quanto ele a faz feliz ou mesmo deixá-lo expor sua opinião, quando requisitado.
O casal passa por várias fases que acaba afetando sua vida sexual. Estas devem ser administradas com atenção, para que o afastamento entre os dois não se prolongue ainda mais.
Uma destas fases é a chegada dos filhos. Esta longa caminhada não pode ser ignorada, tem que ser compreendida para que juntos possam dialogar e minimizar seu efeitos na vida dos dois. Também precisam criar tempo a sós e expor, com clareza para o outro, suas frustrações, necessidades e desejos.
A pimenta, que prefiro chamar de tempero do sexo, será o que o casal investiu todos estes anos, a atenção, o companheirismo a presença da pessoa amada na sua vida. Enfim, uma história de vida juntos.
Com todas as questões físicas, sociais e emocionais, o “toque não sexual” deve prevalecer, principalmente para as mulheres. Este, na verdade é um dos grandes segredos para aguçar o desejo feminino.
Se a base do relacionamento for o amor e nos preocuparmos em manter o toque presente, a chama forte do sexo pode diminuir, mas será substituída por um sexo terno, carinhoso, de parceiros, que pode ser muito mais prazeroso, compensador e gratificante.
Grande abraço,
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