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Casos de síndrome respiratória grave aumentam em 10 capitais

Informe destaca também um aumento de casos graves de Srag, principalmente associados à Covid
14/12/2024 | 05h00

(Folhapress) – Os casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) registraram um crescimento em dez capitais e seis estados brasileiros no período nos primeiros sete dias de dezembro, aponta o mais recente boletim Infogripe divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) na quinta-feira (12).

O informe destaca também um aumento de casos graves de Srag, principalmente associados à Covid, que tem afetado, em especial, idosos no estado do Ceará.

As capitais que apresentaram sinais de alta de Srag em geral foram Aracaju (Sergipe), Brasília (Distrito Federal), Boa Vista (Roraima), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Florianópolis (Santa Catarina), Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba), Porto Velho (Rondônia), São Luís (Maranhão) e Vitória (Espírito Santo).

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Infogripe, destacou um crescimento significativo nas hospitalizações em quatro unidades federativas: Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Distrito Federal. Ela atribui esse cenário principalmente ao impacto do rinovírus, que tem afetado especialmente crianças e adolescentes de até 14 anos.

Os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas revelam que a prevalência entre os casos positivos foi de 7,2% para influenza A, 7,9% para influenza B, 6,9% para o vírus sincicial respiratório (VSR), 40,5% para rinovírus e 29,6% para Sars-CoV-2 (Covid). Entre os óbitos, as prevalências foram de 9,7% para influenza A, 11,3% para influenza B, 0% para VSR, 17,2% para rinovírus e 58,6% para Sars-CoV-2 (Covid).

O rinovírus é um dos principais causadores de resfriados comuns, sendo um vírus respiratório altamente contagioso que afeta frequentemente crianças. Por outro lado, os vírus Influenza A e B são responsáveis pela gripe sazonal.

A Influenza A é notória por provocar surtos e pandemias mais graves, enquanto a Influenza B tende a resultar em sintomas mais moderados e é menos frequente em epidemias. Ambos os tipos de influenza podem causar doenças respiratórias que variam de leves a severas, apresentando riscos elevados de complicações para idosos, crianças e pessoas com condições de saúde pré-existentes.

Nesse contexto, é importante manter a vacinação em dia, particularmente para indivíduos em grupos de risco, tais como idosos, crianças, grávidas, puérperas, indígenas e profissionais de saúde. Também é aconselhado o uso de máscaras em ambientes com alta concentração de pessoas, pouca ventilação e em unidades de saúde.

Além disso, a pesquisadora recomenda o isolamento domiciliar para aqueles que apresentem sintomas de gripe ou resfriado e enfatiza a importância de procurar assistência médica imediata caso os sintomas se agravem.

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Gráfico – Fiocruz

Crianças de até 2 anos apresentam a maior incidência de síndrome respiratória grave

Ao longo das últimas oito semanas epidemiológicas, a análise de incidência e mortalidade destaca que as faixas etárias mais jovens e mais velhas são as mais afetadas. Crianças de até dois anos apresentam a maior incidência de Srag, enquanto a mortalidade é mais significativa entre idosos de 65 anos ou mais.

Nos casos de Srag atribuídos à Covid, tanto a incidência quanto a mortalidade predominam entre as crianças pequenas e os idosos, com uma proporção de óbitos consideravelmente elevada entre os mais velhos. Quanto a outros vírus em circulação no país, como o rinovírus, os registros de Srag são particularmente altos entre as crianças pequenas.

Em novembro, o boletim da Fiocruz apontava um aumento nos casos graves de Srag por rinovírus entre crianças e adolescentes nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Maranhão.

No mesmo período, as infecções por Covid continuaram em queda na maioria dos estados, com exceção do Rio de Janeiro, que registrou uma tendência de alta. O relatório também apontou crescimento de Srag em 11 estados e dez capitais nas últimas seis semanas.

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