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Sobe para 107 o número de mortos pelas chuvas no RS

Em boletim divulgado pela Defesa Civil, há 136 desaparecidos, além de 374 feridos.
09/05/2024 | 06h39

(Folhapress) — A Defesa Civil informou que o número de mortos no Rio Grande do Sul subiu para 107.

A quantidade de óbitos foi informada no início da tarde e se manteve em boletim divulgado pela Defesa Civil às 18h10 desta quarta.

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 136 desaparecidos, além de 374 feridos.

Ao menos 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água no Rio Grande do Sul em decorrências das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana.

De acordo com a Defesa Civil, há 67.428 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 163.786 desalojados.

Do total de 497 municípios do estado gaúcho, 425 foram afetados pelas fortes chuvas da região. O número representa mais de 85,5% de todo o estado gaúcho.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 327 mil alunos foram impactados. Até o momento, 941 escolas foram afetadas, 421 danificadas e 71 servem de abrigo.

Destruição causada pelos temporais e enchentes em Cruzeiro do Sul (Diogo Zanatta/ICL Notícias)

Destruição causada pelos temporais e enchentes em Cruzeiro do Sul. Foto: Diogo Zanatta/ ICL Notícias

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões.

Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

Na noite desta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos.

A água que inundou Porto Alegre e causa transtornos na região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

O risco é agravado devido à frente fria que chega à região sul do estado e provoca chuva e queda de temperatura nesta semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

A previsão é que, nesta semana, a temperatura caia no Rio Grande do Sul. A partir de quarta-feira, a expectativa é da chegada de uma frente fria na região.

Em algumas regiões do estado os termômetro podem marcar mínimas de 10 °C, o que pode causar ou agravar a hipotermia das pessoas que ainda não conseguiram ser resgatadas e estão em locais sem acesso a abrigo e alimentos.

A Defesa Civil gaúcha esclarece que está recebendo doações na Central Logística, localizada na avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre.

Entre os itens necessários estão colchões (novos ou em bom estado), roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal, cestas básicas fechadas e fraldas infantis e geriátricas.

Em nota, o órgão orientou, na manhã desta quarta-feira, que as pessoas resgatadas na região metropolitana de Porto Alegre, que não retornem às áreas alagadas, inundadas, ou sob risco de movimentos de massa.

De acordo com a Defesa Civil, os locais estão sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças.

Além dos 107 mortos, 136 desaparecidos

  • 100 mortes.
  • 130 desaparecidos.
  • 374 feridos.
  • 67.428 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público).
  • 163.786 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público — pode ter ido para casa de parentes, por exemplo).
  • 1.476.170 pessoas afetadas no estado.

 

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