ICL Notícias
Meio Ambiente

Sobe para 83 número de mortes em temporais do RS; há 110 pessoas desaparecidas

Um total de 250 escolas tiveram sua estrutura danificada pelas consequências da chuva
05/05/2024 | 12h51

(Folhapress) — O Rio Grande do Sul registrou 83 mortes em decorrência às fortes chuvas que atingem o estado desde o fim da semana. A informação foi confirmada pelo governo estadual neste domingo (5). Há um total de 103 desaparecidos.

O boletim mais recente da Defesa Civil — divulgado na manhã desta segunda-feira (6) — indica que, além das 83 mortes confirmadas, o número de feridos é de 175 e há 110 desaparecidos em 341 municípios afetados.

De acordo com a Defesa Civil, 334 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 16.609 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 88.019 desalojados.

O número de mortes confirmadas e de pessoas afetadas mais do que dobrou em relação à última sexta-feira (3).
Ainda conforme a Defesa Civil, neste domingo havia mais de 839 mil imóveis sem abastecimento de água, fornecido pela empresa Corsan, e 421 mil domicílios sem energia elétrica.

Os temporais também afetaram o serviço de telefonia em várias cidades. A TIM informou que 46 municípios estavam sem serviços de telefonia e internet na manhã de domingo. O problema atinge a Vivo em 45 cidades, e a Claro em 24 municípios.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e quase 200 mil alunos foram impactados. Um total de 250 escolas tiveram sua estrutura danificada pelas consequências da chuva. O governo estadual informou que, na tarde deste domingo, divulgaria a orientação para o retorno às aulas para a rede estadual.

Em todo o estado, os temporais também provocaram também danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Segundo a última atualização, neste domingo, eram 113 trechos em 61 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. Sete rodovias com bloqueios foram liberadas ao longo do sábado.

Segundo o governo gaúcho, duas barragens estavam em situação de emergência, com risco iminente de romperem.

Desabrigados ficaram ilhados na Igreja Imaculada, em Canoas, que foi invadida pela água

Desabrigados ficaram ilhados na Igreja Imaculada, em Canoas, que foi invadida pela água

Madrugada teve chuva e rotina intensa de resgates

A chuva voltou a cair na Grande Porto Alegre e em municípios da região norte do estado durante a madrugada deste domingo. Em Canoas, na região metropolitana, populares realizaram um cordão humano dentro da água para auxiliar as embarcações que a todo momento chegavam com pessoas resgatadas das áreas inundadas.

Na noite de sábado, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a região vai precisar de uma espécie de “Plano Marshall“, em referência ao plano dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.

Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estadas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.

“Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo”, disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço.

O presidente Lula (PT) volta ao estado neste domingo (5) para acompanhar de perto a crise.

 

 

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail