Por Karla Gamba
Condenado por estupro na Itália, o jogador Robinho foi preso e levado para a sede da Polícia Federal em São Paulo. Agora, passará por exame de corpo de delito e será submetido a uma audiência de custódia.
Após a Justiça Federal de Santos expedir o mandado de prisão de Robinho, a defesa do ex-jogador tinha afirmado à coluna que ele iria se entregar. Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo, mas não cumpriu a pena pois estava no Brasil. Nesta quarta-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a pena deveria começar a ser cumprida em território nacional, imediatamente, e em regime fechado.
A defesa do jogador apresentou um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que ficou sob a relatoria no ministro Luiz Fux. Na noite desta quinta (21), Fux negou o pedido, mantendo seguimento ao procedimento de prisão de Robinho.
Mandado de prisão
Durante a tarde, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, havia comunicado oficialmente a Justiça Federal de Santos da decisão do Tribunal e determinado que os procedimentos para a prisão do ex-jogador fossem cumpridos imediatamente.
Pouco mais de uma hora depois, a 5ª Vara Federal Criminal de Santos expediu o mandado de prisão de Robinho.
Relembre o caso
Robinho foi condenado pela Justiça da Itália, em última instância, em 2022, mas não cumpriu a pena pois já estava no Brasil.
A Justiça italiana chegou a pedir sua extradição, no entanto, a Constituição impede que cidadãos brasileiros natos sejam extraditados para cumprir pena fora do país.
Diante disso, a Itália requereu que o ex-jogador cumprisse a pena no Brasil. A transferência da execução da pena está prevista em um tratado assinado entre os dois países e promulgado em 1993. Nesta quinta-feira (20), o STJ homologou a sentença que condenou Robinho e decidiu que a pena seria cumprida no Brasil.
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