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Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de quarta-feira (31), com os investidores à espera da decisão dos juros pelo Fed (Federal Reserve), mas, principalmente, à fala do presidente da autoridade monetária dos EUA, que acontece depois do anúncio da decisão. Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central também anuncia sua decisão sobre os juros hoje, após o fechamento da bolsa brasileira.

A expectativa de analistas é de que o Fed mantenha as taxas de juros novamente inalteradas na faixa de 5,25% e 5,5% ao ano, no maior nível em 22 anos. A questão é saber quando se iniciará o novo ciclo de cortes.

Por aqui, há um consenso de que o Copom anuncie novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 11,25% ao ano.

Além disso, nos Estados Unidos, os agentes dos mercados repercutem os balanços divulgados ontem (30) pelas big techs Microsoft e Alphabet (Google) e Advanced Micro Devices, que ficaram aquém das elevadas expectativas do mercado.

Depois do anúncio dos resultados, as ações da Microsoft, do Google, da Alphabet, e da Advanced Micro Devices continuam em queda no pré-mercado. Estas empresas estão empenhadas em incorporar a inteligência artificial em seus produtos a outro nível. Porém, nem todos parecem dispostos a esperar pelos frutos desses pesados investimentos.

No Brasil, além do anúncio da política monetária, os investidores aguardam pela divulgação da taxa de desemprego de dezembro. O consenso LSEG prevê que a taxa fica em 7,6%.

Brasil

O tom foi de cautela no fechamento dos mercados, ontem (30), tanto aqui quanto nos Estados Unidos. O Ibovespa fechou o dia com queda de 0,86%, aos 127.401 pontos, um dia antes da decisão sobre a política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) começou a primeira reunião do ano ontem, assim como seu equivalente brasileiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

A expectativa é de que a autoridade monetária norte-americana anuncie a manutenção dos juros nesta quarta-feira (31), enquanto o Copom deve anunciar novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), de 11,75% para 11,25% ao ano.

Nas negociações do dia, o dólar à vista fechou a sessão próximo à estabilidade, com leve recuo de 0,01% e cotado em R$ 4,9454.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única antes da decisão do Federal Reserve. No âmbito corporativo, as ações da Alphabet caíram mais de 5%, enquanto a Microsoft caiu quase 1% depois que as gigantes da tecnologia divulgaram seus resultados trimestrais.

Ambas as empresas conseguiram as expectativas de lucro. No entanto, a receita de anúncios da Alphabet foi decepcionante.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,18%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,27%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,76%

Europa

As bolsas europeias também operam mistas, à medida que os mercados globais aguardam a mais recente decisão de política monetária da Federal Reserve e repercutem uma série de balanços corporativos, os quais ajudam a medir a saúde financeira da região.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,02%
DAX (Alemanha), +0,04%
CAC 40 (França), +0,30%
FTSE MIB (Itália), +0,56%
STOXX 600, +0,34%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, após os resultados fracos da atividade manufatureira chinesa e com investidores demonstrando cautela antes da decisão de juros do Fed.

Shanghai SE (China), -1,48%
Nikkei (Japão), +0,61%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,39%
Kospi (Coreia do Sul), -0,07%
ASX 200 (Austrália), +1,06%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com baixa, devido à continuação dos fundamentos pessimistas, após ganhos na sessão anterior, em meio a um conflito crescente no Oriente Médio.

Petróleo WTI, -0,32%, a US$ 77,57 o barril
Petróleo Brent, -0,34%, a US$ 82,59 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, além da decisão dos juros pelo Fed (Federal Reserve), saem os dados do emprego privado (ADP) de janeiro, com o consenso LSEG prevendo a criação de 145 mil vagas.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, após os cortes de juros já anunciados pelo Banco Central no início deste ano, a continuidade da queda da taxa Selic dependerá do exterior, disse ontem (30) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, caso os bancos centrais das economias avançadas comecem a reduzir os juros ainda neste semestre, haverá espaço para novas quedas das taxas no Brasil no segundo semestre. Na seara de indicadores, além da decisão dos juros que será anunciada pelo Copom do BC após o fechamento da bolsa, saem a taxa de desemprego de dezembro; consenso LSEG prevê a taxa de desemprego em 7,6%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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