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Resistência aos antibióticos pode causar 39 milhões de mortes até 2050, aponta estudo

Espera-se que a resistência aos antibióticos, reconhecida como um grande desafio de saúde pública, se agrave
24/09/2024 | 15h23

A superbactérias, resistentes a tratamentos antimicrobianos e aos antibióticos, podem causar a morte de mais de 39 milhões de pessoas nos próximos 25 anos. Isso é o que aponta um estudo publicado na revista científica The Lancet.

Espera-se que a resistência aos antibióticos, reconhecida como um grande desafio de saúde pública, se agrave nos próximos anos. Isso acontece porque as bactérias ou outros patógenos sofrem alterações.

Estudo

Segundo os pesquisadores do estudo, de 1990 a 2021, mais de um milhão de pessoas em todo o mundo morreram a cada ano devido à resistência aos antibióticos. A pesquisa analisou 2 patógenos, 84 combinações entre patógenos e tratamentos, 11 síndromes infecciosas em pessoas de todas as idades em 204 países e territórios, com base em dados de 520 milhões de pessoas.

A pesquisa analisou 2 patógenos, 84 combinações entre patógenos e tratamentos, 11 síndromes infecciosas em pessoas de todas as idades em 204 países e territórios, com base em dados de 520 milhões de pessoas. (Foto: NIAID/Wikimedia Commons)

Nos últimas três décadas, as mortes de crianças menores de cinco anos diretamente causadas pela resistência aos antibióticos diminuíram em mais de 50% em três décadas. No caso de adultos com 70 anos ou mais, no entanto, os números aumentaram em mais de 80%.

O estudo aponta, ainda, que as mortes causadas pelo Staphylococcus aureus são as que mais aumentaram no mundo e nas próximas décadas, as mortes provocadas pela resistência aos antibióticos crescerão ainda mais.

O número de vítimas diretas pode chegar a 1,9 milhão anual em todo o mundo até 2050, um aumento de 67% em relação a 2021, segundo as projeções dos pesquisadores. Mais de 39 milhões de mortes no mundo podem ser causadas por resistência aos antibióticos, que deve estar associada a 169 milhões de óbitos entre os anos de 2025 e 2050.

Os autores afirma que com um melhor tratamento das infecções e acesso a antibióticos, seria possível evitar 92 milhões de mortes no mundo durante esse período, especialmente no sudeste asiático e na África subsaariana.

 

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