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Tarcísio diz que vai à Avenida Paulista apoiar ex-presidente

“Eu vou estar ao lado do presidente Bolsonaro, como sempre estive”, disse o governador
15/02/2024 | 06h56

Duas semanas após ouvir gritos de “volta para o PT”, em um evento com o presidente Lula, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) mostra que mantém uma lealdade canina a Jair Bolsonaro, ao afirmar que estará na manifestação convocada pelo ex-presidente em apoio a ele próprio.

“Essa será uma manifestação pacífica de apoio ao ex-presidente, e eu vou estar ao lado do presidente Bolsonaro, como sempre estive”, disse o governador. 

Não é surpreendente que, em ano de eleições, o governador continue apoiando publicamente Bolsonaro mesmo após as revelações de um plano de golpe de Estado gestado pelo ex-presidente e seus asseclas dentro do Palácio do Planalto.

O ato, convocado por Bolsonaro nas redes sociais, será no dia 25 de fevereiro, domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Como nas últimas manifestações do tipo havia cartazes contra ministros do Supremo Tribunal Federal, desta vez Bolsonaro pediu a quem ainda o apoia para não levar cartazes.

Como mostrou o jornal O Estado de São Paulo, o governador e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB–SP) sofrem pressão de bolsonaristas para comparecerem ao ato. Procurada, a assessoria do prefeito, que terá o apoio do PL e de Bolsonaro nas eleições de 2024, não respondeu se ele também estará presente.

Tarcísio foi ministro de Infraestrutura no governo Bolsonaro e foi lançado pelo ex-presidente como candidato ao governo de São Paulo. Assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten comentou uma publicação nas redes sociais que cobrava a presença de políticos eleitos com o apoio de Bolsonaro no ato do dia 25. “É a turma que quer ser eleita com o apoio bolsonarista…”, acrescentou Wajngarten.

Outro que foi às redes sociais reclamar da falta de apoio foi o coronel da PM Ricardo de Mello Araújo, cotado para ser vice do PL na chapa de Nunes. Ele criticou a ausência de posicionamento de “governadores eleitos nas costas do presidente Bolsonaro” após a apreensão do passaporte do ex-presidente e da prisão em flagrante de Valdemar Costa Neto, que já teve a liberdade concedida. “Cadê o povo da direita se manifestando?”, declarou ele.

Bolsonaro foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis na última semana e precisou entregar seu passaporte às autoridades. A PF apura a participação do ex-presidente em uma articulação para dar um golpe de Estado, impedindo as eleições de 2022 ou a posse do presidente Lula. A revelação de uma reunião na qual o ex-presidente fala em “reagir” antes das eleições e as conversas de aliados sobre uma possibilidade de ruptura aproximaram as investigações do ex-chefe do Executivo.

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