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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu mudar grande parte da cúpula da Polícia Militar do estado. A principal mudança foi a troca do número 2 da corporação, o coronel José Alexander de Albuquerque Freixo, rebaixado como outros coronéis que ocupavam os principais cargos da instituição.

A decisão de Tarcísio, no entanto, provocou insatisfação e revolta nos oficiais, abrindo uma crise na Polícia Militar de São Paulo. Os antigos coronéis foram substituídos por outros considerados “mais modernos” ( menos tempo de serviço e promovidos há menos tempo).

As mudanças foram interpretadas pelo grupo de oficiais como uma interferência política do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), na corporação. Os coronéis nomeados seriam ligados a Derrite. A informação é do Uol.

Na visão da corporação, a estratégia de Tarcísio e de Derrite seria uma forma de forçar a passagem para a reserva dos coronéis das turmas de oficiais formadas na Academia da PM em 1993 e em 1994, às quais pertencem o coronel Freixo e o comandante-geral da PM, Cássio Araújo de Freitas.

O governo de São Paulo, em nota, disse reconhecer o trabalho dos policiais e que várias promoções por mérito já foram feitas anteriormente.

Mudanças

Nas mudanças, Tarcísio preservou o comandante-geral da PM, Coronel Cássio Araújo de Freitas. Ao todo, 34 coronéis foram transferidos de funções na última quarta-feira (20).

Dentre as mudanças, o novo subcomandante da corporação será José Augusto Coutinho, homem de confiança de Derrite, em substituição ao coronel Freixo, que ocupava o cargo desde o início da atual gestão. Freixo foi alocado na Escola de Sargentos da PM.

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Reges Meira Peres, foi enviado para o Comando de Policiamento de Área-12, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

O comandante do Centro de Inteligência da PM, coronel João Luis Minghetti Costa, foi despachado para a Assessoria da PM na Prefeitura de São Paulo.

Além disso, o comandante do Policiamento Metropolitano, Victor Alessandro Ferreira Fridizzi, deixou o comando de todos os batalhões dos municípios da Grande São Paulo (exceto capital) para ocupar uma escrivaninha no Departamento de Ensino e Cultura (DEC).

Após serem rebaixados de cargo, os coronéis marcaram uma reunião para discutir o caminho que tomariam. Muitos são críticos à atual política de segurança instituída por Derrite, que é contrário ao aumento das câmeras nos uniformes dos policiais e adepto de operações ostensivas como as que têm sido realizadas na Baixada Santista.

Promoções

Segundo informações do Estadão, Tarcísio pretende propor uma mudança nas regras para as promoções na Polícia Militar de São Paulo, tornando-as iguais às do Exército. Assim, quando um general for promovido ao cargo de comandante, os generais das turmas mais antigas que a dele irão automaticamente para a reserva.

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