Heloisa Villela entrevista Marc Levy, judeu que vive em um kibutz (comunidades organizadas em regime de cooperação) criado em Israel em 1949. Levy mora lá desde 1971 e lembra de quando frequentava Gaza para comprar frutas ou consertar a bicicleta. Segundo ele, os problemas de segurança começaram a crescer a partir do fim dos anos 1970. Com a vitória do Hamas nas eleições palestinas, em 2006, a situação se agravou.
Levy diz que a invasão de terroristas do Hamas acontecida em Israel no dia 7 de outubro é algo inédito, quando centenas de terroristas entraram no país com o único objetivo de matar e sequestrar
“Depois de um dia de ‘guerra’, tivemos 1.400 mortos, a maioria civis, velhos, crianças, mulheres, e 200 sequestrados, inclusive bebês de nove meses, crianças de três e seis anos”, relata..
“Estávamos eu, minha mulher e dois netos, fechados no quarto de segurança, às 6h30. Estávamos com dois netos. Um de quatro anos e meio e outro de um ano e meio”, lembra. “Durante quatro horas ficamos fechados dentro do quarto de segurança, porque pelo telefone recebíamos avisos de palestinos dentro do kibutz e ouvimos tiros”
Até que às 10h da manhã receberam a mensagem de que o perigo tinha passado. “Foi uma vivência muito desagradável. A sorte que tivemos, outros kibutizin não tiveram e lá foi uma matança total”, diz Levy.
“Que fique claro, o que aconteceu nas últimas dias semanas e principalmente no sábado não justifica nenhuma radicaliazção”, opina. “Temos que encontrar uma maneira de dialogar”
Ele recoemnda que os “messiânicos” dos dois lados sejam evitados, e sugere: “Temos que buscar os moderados”
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