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Teste de sangue pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer

Estudo aponta ser possível, daqui a cinco anos, identificar em segundos a doença
24/01/2024 | 05h00

Um simples exame de sangue pode revolucionar o diagnóstico de Alzheimer. É o que aponta estudo realizado por neuroquímicos da Universidade de Gotemburgode, na Suécia.

Publicado na revista Jama Neurology, o estudo foi capitaneado pelo professor Nicholas Ashton. Nele, foi experimentado um novo método de análise, que permite identificar com precisão inédita a proteína p-tau — esta se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer.

Segundo o pesquisador, atualmente, para identificar o acúmulo de p-tau no cérebro, os pacientes são submetidos a uma tomografia cerebral ou punção lombar. Porém, as intervenções, muitas vezes, podem ser inacessíveis e dispendiosas.

No estudo, no entanto, foi descoberto que um simples exame de sangue tem até 96% de precisão na identificação de níveis elevados de beta amiloide e até 97% para o reconhecimento da p-tau.

“O que mais impressiona nesses resultados é que o exame de sangue foi tão preciso quanto testes avançados, como testes de líquido cefalorraquidiano e tomografias cerebrais, para mostrar a patologia da doença de Alzheimer no cérebro”, afirmou Nicholas Ashton.

Segundo Ashton, o teste se tornou o mais preciso entre todos os disponíveis no mercado, com resultados comparáveis aos exames de maior complexidade.

O problema, no entanto, é a disponibilização do teste. Isso porque as medições da p-tau217 no sangue para investigação e utilização clínica é limitada.

Em uma tentativa de melhorar a disponibilidade, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial existente para a proteína p-tau217, chamado ALZpath. É este teste que está em discussão para ser lançado ainda em 2024.

FUTURO

De acordo com o estudo, os testes, quando disponibilizados em larga escala, poderão fazer com que as análises de sangue sejam utilizadas assim como são usados os exames sanguíneos para rastrear, por exemplo, o colesterol elevado.

A tecnologia, porém, segundo o estudo, somente deverá estar disponível daqui a 5 anos.

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