O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (25) decreto que altera as regras eleitorais no país: a partir do decreto, será necessário apresentar comprovação de cidadania norte-americana para votar. De acordo com o governo norte-americano, a nova regra busca coibir “interferências estrangeiras nas eleições” e fortalecer a segurança do processo eleitoral.
“Os Estados Unidos estão atrás de outras nações na aplicação de proteções eleitorais básicas e necessárias. A Índia e o Brasil vinculam a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, disse Trump.
O decreto, além da obrigatoriedade de prova de cidadania nos registros de eleitores, também define o acesso a bancos de dados federais para verificação da elegibilidade dos votantes e a priorização, pelo Departamento de Justiça, de investigações sobre crimes relacionados à participação de não cidadãos nas eleições.

Eleitor vota na cédula em papel nas eleições de 2024 (Foto: AFP)
Trump também criticou votação pelo correio
A justificativa do decreto também destaca os sistemas eleitorais do Brasil e da Índia, como exemplo de segurança eleitoral. O documento também criticou a votação pelo correio nos EUA, apontando que países como Dinamarca e Suécia possuem regras mais restritas para essa modalidade.
A iniciativa ocorre em meio a esforços de Trump para reforçar sua posição sobre a integridade eleitoral, após alegações de fraude no pleito de 2020. O texto do decreto defende que falhas no sistema diluem os votos de cidadãos legais, destacando a importância de proteger o processo democrático.
Com isso, Trump busca aproximar os EUA de práticas internacionais de segurança eleitoral, reforçando o debate sobre medidas que garantam a confiabilidade das eleições no país.
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