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Trump muda regras sobre chuveiros nos EUA: ‘Gosto de lavar meu lindo cabelo’

A medida revoga normas implementadas durante as administrações de Barack Obama e Joe Biden
10/04/2025 | 16h09
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (9) uma ordem executiva que altera os padrões de consumo de água para chuveiros e outros equipamentos domésticos. A medida revoga normas implementadas durante as administrações de Barack Obama e Joe Biden, que limitavam o fluxo de água para promover economia de recursos e energia.

Ao anunciar a decisão, Trump justificou a mudança afirmando que as restrições dificultavam tarefas cotidianas, como tomar banho. “Tenho que ficar debaixo do chuveiro por 15 minutos até conseguir me molhar. Sai gota por gota. É ridículo”, declarou Trump. “Gosto de tomar um bom banho e cuidar do meu lindo cabelo.”

Trump

Trump revogou norma que limitava o fluxo de água e promovia a economia do recurso. (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Segundo a Casa Branca, a nova diretriz visa “restaurar a liberdade de tomar banho” e combate o que o governo chamou de “guerra da esquerda contra a pressão d’água”. O comunicado também afirmou que as regulamentações anteriores transformaram itens básicos do lar em um “pesadelo burocrático”.

As normas derrubadas por Trump tinham como objetivo reduzir o consumo de água e energia em eletrodomésticos como lava-louças, máquinas de lavar, torneiras e vasos sanitários. Elas foram defendidas por grupos como o Appliance Standards Awareness Project (ASAP), que argumenta que tais medidas ajudaram a diminuir os custos com serviços públicos e contribuíram para a preservação ambiental.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), os chuveiros representam cerca de 20% do consumo diário de água em uma residência típica, e modelos mais econômicos também ajudam a poupar energia, já que o aquecimento da água corresponde a cerca de um quinto do gasto energético doméstico.

Andrew deLaski, diretor-executivo do ASAP, afirmou que a maioria dos chuveiros atualmente no mercado já proporciona uma boa experiência ao usuário e criticou a decisão de Trump como uma tentativa de contornar a lei de eficiência energética de 1992. Ele lembrou ainda que, durante o primeiro mandato do republicano, a flexibilização semelhante não levou a mudanças significativas por parte dos fabricantes.

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