Por AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse um alto funcionário dos EUA à AFP neste domingo (15).
“Descobrimos que os israelenses tinham planos para atingir o líder supremo do Irã. O presidente Trump foi contra isso e dissemos aos israelenses para não o fazerem”, afirmou o funcionário americano, falando sob condição de anonimato.

Aiatolá Ali Khamenei. (Foto: KHAMENEI.IR / AFP)
Mais cedo neste domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evitou responder a uma pergunta sobre relatos de que Trump havia pedido para não matar Khamenei.
“Não vou entrar nesse assunto”, disse ele à Fox News.
“Mas posso dizer que faremos o que for necessário, e acho que os Estados Unidos sabem o que é bom para os Estados Unidos”, afirmou.
Os comentários foram feitos enquanto Israel e Irã trocavam mais uma série de mísseis neste domingo, com moradores sendo orientados a buscar abrigo ao som de explosões sobre Jerusalém, e sistemas de defesa aérea supostamente ativados em Teerã.
Após décadas de inimizade e uma longa guerra velada travada por meio de terceiros e operações secretas, o conflito atual marcou a primeira vez em que os países trocaram fogo com tamanha intensidade, provocando temores de um confronto prolongado que poderia engolir todo o Oriente Médio.
O embate começou na sexta-feira, quando Israel lançou um ataque que matou altos comandantes militares e cientistas nucleares, e atingiu bases militares, instalações nucleares e áreas residenciais por todo o país.
Enquanto Israel voltava a atacar alvos no Irã neste domingo, Netanyahu prometeu fazer o país pagar um “preço alto” pela morte de civis israelenses.
Ele também sugeriu fortemente à Fox News que Israel havia matado o chefe da inteligência iraniana, Mohammad Kazemi, dizendo que recentemente “eliminou o chefe da inteligência e seu vice em Teerã” durante ataques aéreos realizados na capital.
Trump diz que EUA não estão envolvidos no conflito
Trump insistiu que Washington, um forte aliado de Israel, “não teve nada a ver” com a campanha de bombardeios israelense.
Mas também ameaçou liberar “toda a força e poder” das Forças Armadas dos EUA caso o Irã atacasse interesses americanos, e depois instou os dois inimigos a “chegarem a um acordo”.

Trump insistiu que Washington, um forte aliado de Israel, “não teve nada a ver” com a campanha de bombardeios israelense.
Trump destacou à ABC News neste domingo que os Estados Unidos “não estão, neste momento”, envolvidos na ação militar, mas disse que “é possível que nos envolvamos”.
Ele também afirmou que estaria “aberto” à possibilidade de seu contraparte russo, Vladimir Putin, atuar como mediador para resolver o conflito.
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