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Uber é condenada a pagar R$ 1 bilhão e a contratar todos os motoristas ativos

Decisão da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo afirma que a empresa agiu de forma planejada para não cumprir a legislação trabalhista.
15/09/2023 | 07h34

A Justiça  do Trabalho condenou a Uber a pagar R$ 1 bilhão por danos morais coletivos e a contratar todos os motoristas ativos na plataforma. Publicada nesta quinta-feira (14), a decisão da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo é resultado de uma ação civil pública apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Para o juiz Maurício Pereira Simões, a empresa sonegou direitos mínimos, deixou colaboradores sem proteção social e “agiu dolosamente no modo de se relacionar com seus motoristas”.

O magistrado também afirmou que existem provas no processo demonstrando que a Uber agiu de forma planejada com o objetivo de não cumprir a legislação do trabalho, previdenciária, de saúde e de assistência, se omitindo em suas obrigações mesmo quando tinha o dever constitucional de observar as normas.

Simões determinou que a empresa tem o prazo de seis meses, após o trânsito em julgado da ação, para assinar a carteira profissional de todos os motoristas. Determinou, ainda, que todas as futuras contratações sigam essa diretriz.

A Uber pode recorrer à decisão.

O QUE DIZ A EMPRESA

Em nota divulgada à imprensa, a Uber informou que irá apresentar recurso à Justiça do Trabalho e que não vai adotar nenhuma das medidas impostas pelo juiz até esgotar todos os recursos legais possíveis. Acrescentou, ainda, que a decisão representa um entendimento isolado e contrário à jurisprudência brasileira.

 

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