ICL Notícias

Um dos alvos da PF, padre seria integrante do núcleo jurídico da tentativa de golpe

Investigações apontam que José Eduardo de Oliveira e Silva participou, em novembro de 2022, de reunião no Palácio do Planalto
08/02/2024 | 15h22

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, na Grande São Paulo, foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã desta quinta-feira (8) pela Polícia Federal. Segundo as investigações da PF, o religioso seria um dos cinco integrantes do núcleo jurídico do esquema que teria atuado na tentativa de um golpe de Estado.

De acordo com o G1, na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do SFT, que autorizou a megaoperação, José Eduardo de Oliveira e Silva atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

As investigações da PF apontaram que o padre participaria do núcleo jurídico, juntamente com Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Segundo a PF, o padre participou de uma reunião, no dia 19 de novembro de 2022, com Filipe Martins e Amauri Feres Saad, conforme indicam os controles de entrada e saída do Palácio do Planalto.

“Como apontado pela autoridade policial, ‘José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas’”, diz a decisão de Alexandre de Moraes.

José Eduardo de Oliveira e Silva foi alvo de mandado de busca e apreensão e terá que cumprir medidas cautelares. Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, o padre está proibido de manter contato com os demais investigados e de se ausentar do país. Também foi determinada a entrega, em 24 horas, de todos os passaportes — nacionais e estrangeiros — do religioso.

Procurada, a Diocese de Osasco informou que não possui informações oficiais e ainda aguarda a conclusão do caso. Em nota, a entidade afirmou que “se colocará sempre ao lado da Justiça, colaborando com as autoridades na elucidação do caso”.

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail