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Há momentos cruciais que definem o caráter de um país. Como mostra a História, infelizmente, quase sempre esses fatos definidores são dolorosos. Parece ser esse o caso das enchentes de níveis inéditos que tanto sofrimento têm causado à população do Rio Grande do Sul e estados vizinhos nos últimos dias.

A primeira definição de que precisamos é provar na prática que somos um país que se reconhece como tal, e não um amontoado populacional dividido em regiões, que só se preocupa com seus problemas locais. É preciso que agora todos os brasileiros se unam em torno dos gaúchos para proporcionar ajuda emergencial, salvar vidas, prestar socorro.

No momento seguinte, será necessário auxílio pesado para reconstrução das cidades e das milhares de vidas afetadas.

Depois, não há como escapar de uma discussão profunda, séria, consequente, sobre o que será necessário para garantir um mínimo de prevenção contra essas tragédias. Não só para tornar efetivo o bom uso do dinheiro que será destinado às obras, como também para decidir se o Brasil atacará, enfim, a causa da crise climática em sua raiz.

É essencial escolher se o país fará uma política ambiental responsável, passando por cima do negacionismo científico e dos grossos interesses econômicos que movem o desmatamento ou vai se manter nesse caminho suicida.

Essas decisões não dependem somente dos governantes, têm mais a ver com a sociedade civil, que ganhou a chance de deixar de lado as divisões politicas que marcaram a nação nos últimos anos.

Se isso não acontecer por bem, pelo genuíno sentimento de solidariedade ao povo gaúcho, pode acontecer por mal.

Não faltam indícios científicos de que a catástrofe que acontece hoje no Rio Grande do Sul é a prévia do que poderá acontecer mais cedo ou mais tarde em todo o Brasil.

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