A Universidade Santo Amaro (Unisa) comunicou em nota, na segunda-feira (18), que expulsou alunos de medicina envolvidos na masturbação coletiva durante um jogo feminino de vôlei. Segundo nota subscrita pelo reitor da universidade, Eloi Francisco Rosa, “a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento”.
A decisão da Unisa foi motivada por vídeos publicados em redes sociais nos quais estudantes da instituição estão pelados e simulando se masturbarem. O ato obsceno ocorreu durante uma partida feminina de vôlei de um torneio entre universidades chamado Intermed.
De acordo com o texto do reitor, a Unisa, “considerando ainda a gravidade dos fatos”, também levou o caso às autoridades públicas”, e disse que vai contribuir “prontamente com as demais investigações e providências cabíveis”.
REPÚDIO DE MINISTRO
O ministro da Educação, Camilo Santana, escreveu em rede social ter determinado que a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) notificasse a Unisa e apurasse quais foram as providências tomadas pela instituição.
O chefe da pasta também repudiou o episódio e disse ser “inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”.
COBRANÇAS NO X
No X (antigo Twitter), se multiplicaram as cobranças por um posicionamento da Unisa e também pela responsabilização dos alunos. Em tese, os alunos poderiam ser enquadrados no Artigo 215 do Código Penal, que define o crime de importunação sexual.
O influencer Felipe Neto foi uma das vozes que cobrou uma ação da universidade. “A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?”, questionou o influenciador, que também compartilhou as imagens que se alastram pela rede social.
Presidente da União Brasileira dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella também publicou uma mensagem sobre o caso.
“Criminosos, é assim que devem ser tratados os estudantes de Medicina da Unisa que acharam ter o direito de realizarem uma masturbação coletiva durante o jogo de vôlei feminino. Crime: importunação sexual, pena de 1 a 5 anos. No país que tem 1 estupro a cada 7 minutos não devemos aceitar. Que sejam responsabilizados”, afirmou a representante.
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