As forças de segurança da Venezuela que cercavam a embaixada da Argentina, atualmente sob custódia do Brasil, deixaram a área no domingo (8), após o candidato de oposição nas eleições presidenciais, Edmundo González, ter ido como asilado político para a Espanha, informa Ricardo Della Cole, da Folha.
O Brasil se responsabilizou pelas dependências da embaixada argentina em Caracas desde que Nicolás Maduro expulsou os diplomatas argentinos do país. A embaixada também abriga provisoriamente seis pessoas da oposição a Maduro que pediram asilo político à Argentina.
Na sexta-feira (6), Pedro Urruchurtu Noselli, um dos asilados, afirmou nas redes sociais que a eletricidade do edifício tinha sido cortada e patrulhas estavam ocupando a área. No domingo (8), o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido.
Entenda o caso da embaixada argentina
No sábado (7), a Venezuela revogou de forma unilateral a custódia do Brasil sobre a missão. O governo brasileiro, em nota do Itamaraty, afirmou que “enquanto não se designar outro país para representar os interesses argentinos, a situação permanece como está.” Além disso, informou que “seguirá representando os interesses da Argentina na Venezuela até que seja designado um substituto.”
Apesar da devolução da embaixada à proteção de Brasília diminuírem as tensões com o Itamaraty, a situação segue preocupando o governo brasileiro.
O Brasil não reconheceu a reeleição de Maduro, nem a vitória do candidato da oposição Edmundo González. A diplomacia brasileira afirma que é preciso preservar canais de comunicação com o governo em Caracas.
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