Por Nathalia Garcia
(Folhapress) — O Banco Central, a Polícia Federal e os bancos prometeram, em nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (14), intensificar ações de vigilância sobre saques para prevenir compra de votos no segundo turno das eleições, no dia 27 de outubro.
Os órgãos ressaltam que, conforme os normativos vigentes, saques acima de R$ 50 mil feitos por pessoas físicas e jurídicas em agências bancárias precisam de comunicação prévia e formal do cliente, com 72 horas de antecedência.
Destacam também que é preciso identificar todas as características da transação do saque, como, por exemplo, sua finalidade, e que todas as movimentações “continuarão a ser obrigatoriamente objeto de comunicação prévia dos bancos às autoridades competentes”.
“A Polícia Federal, o Banco Central e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) vêm a público reafirmar que todos os procedimentos de controle e segurança para prevenção e repressão de qualquer prática ilícita de saques de dinheiro estão e seguirão sendo adotados”, diz trecho da nota.
Na comunicação, as entidades fazem referência a eventos “envolvendo apreensões de montantes vultosos de numerários em espécie, por suspeita de compra de votos em período que antecedeu o primeiro turno das eleições deste ano.”
Casos de compra de votos
Na semana passada, a PF divulgou que foram registrados 315 casos desde o início do primeiro turno das eleições municipais de 2024, com apreensão de R$ 21,8 milhões em espécie.
Entre os casos, está a apreensão feita no dia 3 pela Polícia Civil em Campinas, no interior de São Paulo, no valor de R$ 255.780 em espécie em uma caminhonete, com materiais de campanha do candidato a prefeito Pedro Tourinho (PT).
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