Após um dia de terror na última terça-feira (9), a onda de violência segue no Equador e deixou, até o momento, 13 mortos e 70 presos, de acordo com as autoridades locais. Ontem, o presidente Daniel Noboa assinou decreto em que reconhece que o país enfrenta um “conflito armado interno”.
A onda de violência no país se intensificou após a fuga do líder da maior facção do país, José Adolfo Macías Villamar, 44 anos, mais conhecido como Fito, no último domingo (7).

Fito, líder da maior facção do Equador. Foto: Reprodução/Redes Sociais.
Segundo informações da polícia local, foram contabilizadas oito pessoas mortas em ataques no porto de Guayaquil, no sudoeste do Equador. Dois policiais foram “cruelmente assassinados por criminosos armados” na cidade vizinha de Nobol e três corpos foram encontrados em um carro incinerado.
Desde então, uma onda de violência tomou conta das ruas do país. A cidade de Guayaquil é o epicentro do aumento da violência. Na terça-feira (9), como informa a Telesur, as autoridades equatorianas afirmaram que receberam mais de 1,9 mil telefonemas pedindo ajuda.
No decreto assinado pelo presidente Daniel Noboa, são listadas 22 organizações criminosas como terroristas. Entre as facções citadas está a Choneros, liderada por Fito.
O texto também ordena às Forças Armadas a executar operações “para neutralizar” os grupos citados.
TV INVADIDA
A ação que mais repercutiu fora do país foi a invasão de homens armados a um estúdio de TV na cidade de Guayaquil. Nas imagens, criminosos com pistolas, espingardas e granadas caseiras são vistos agredindo trabalhadores e obrigando-os a permanecerem no chão, exigindo que pedissem a saída da polícia que chegou ao local.
As imagens mostravam ainda alguns dos homens encapuzados e outros com o rosto descoberto, gravando com telefones celulares, enquanto faziam, com as mãos, sinais característicos de grupos ligados ao tráfico de drogas.
Com informações do Metrópoles
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