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Violência policial na Baixada Santista deixa 54 mortos em menos de dois meses

De 1º de janeiro a 20 de fevereiro, houve aumento de 45% no número de óbitos. Secretaria de Segurança diz que atua 'em conformidade com dever constitucional'
22/02/2024 | 05h00

A Baixada Santista registrou aumento alarmante no número mortes por ações da Polícia Militar de São Paulo em 2024. De 1º de janeiro a 20 de fevereiro, 54 pessoas foram mortas na região, o que representa crescimento de 45%. No mesmo período do ano passado, foram 13 óbitos.

Os números são do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo (MP–SP).

De acordo com o G1, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) intensificou as operações policiais na Baixada Santista após o assassinato do PM Patrick Bastos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), em julho de 2023. Desde então, o número de mortes de civis na região não para de crescer.

Após a morte do PM, o governo do estado deflagrou a Operação Escudo, que resultou em 28 mortes em 40 dias. Substituída pela Operação Verão, o número de óbitos permanece em alta — outros três PMs foram mortos em 2024.

Em 26 janeiro, um PM que integrava a Operação Verão foi assassinado enquanto voltava de moto para casa. Nos seis dias seguintes — 26 a 31 –, dez pessoas foram mortas por policiais militares.

Em fevereiro, outros dois PMs foram mortos, um deles era integrante da Rota. Desde então, 34 pessoas morreram em ações da PM nas cidades da Baixada Santista.

SSP

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “no âmbito da Operação Verão, 31 óbitos foram registrados”. A pasta afirmou ainda que “as forças de segurança atuam estritamente em conformidade com seu dever constitucional” e têm “compromisso com a legalidade, os direitos humanos e a transparência”.

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