Por Pedro Martins
(Folhapress) — A direção da Voepass, dona do avião que caiu nesta sexta-feira em Vinhedo, no interior de São Paulo, diz que estava ciente de uma previsão de formação de gelo no ar ante a frente fria que se aproxima do país neste fim de semana. A empresa, no entanto, diz que a condição era adequada para voo.
“Essa aeronave voa numa faixa onde há uma sensibilidade maior à formação de gelo. A gente avaliou isso. Era previsto gelo, diante da frente fria que se aproxima, mas dentro do aceitável para o voo”, afirmou Marcel Moura, diretor de operações da Voepass, em coletiva de imprensa na noite desta sexta-feira (9) em Ribeirão Preto, também no interior paulista, onde fica a sede da empresa.
Os porta-vozes da Voepass disseram que ainda é cedo para dizer qual foi a causa da queda da aeronave e que, neste momento, tudo se trata de especulação, mas não descartam nenhuma hipótese suscitada por especialistas ouvidos pela imprensa, inclusive a de que camadas gelo teriam se formado nas hélices do bimotor.
Avião passou por manutenção
O presidente da Voepass, Eduardo Busch, diz que a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite desta quinta-feira (8), como é praxe, em Ribeirão Preto, antes de alçar voo para Guarulhos (SP).
Do aeroporto na região metropolitana de São Paulo, o avião seguiu para Cascavel, sem intercorrências, ainda segundo Busch.
O avião decolou às 11h46 da cidade no interior do Paraná, retornando a Guarulhos. O pouso estava previsto para 13h54 em Guarulhos, mas perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto quando sobrevoava a cidade de Vinhedo às 13h20, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo. Todos os 62 passageiros morreram em decorrência da queda.
O trabalho de resgate dos corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, no interior de São Paulo, avançou noite adentro.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) conversou com jornalistas próximo ao local da queda do avião. Ele afirmou que as vítimas retiradas do que sobrou da aeronave serão levadas para a sede do IML (Instituto Médico Legal) na cidade de São Paulo, onde há mais estrutura para dar celeridade à identificação.
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