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Brasil abre 277 mil vagas de trabalho com carteira assinada, no entanto, com salário médio menor

Pelo quinto mês seguido, o salário médio caiu. Em maio, o novo contratado recebeu em média R$ 1.898,02, redução de 0,94% em relação a abril
28/06/2022 | 19h35

O Brasil abriu 277.018 empregos com carteira assinada em maio, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 1.960.960 contratações e 1.683.942 desligamentos registrados no mês.

Este é o quinto mês consecutivo de alta, mas o salário médio de admissão caiu. Em maio, o novo contratado recebeu em média R$ 1.898,02, uma redução de 0,94% em relação ao mês anterior.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos pela CLT, chegou a 41.729.858 vínculos, alta de 0,67% em relação ao estoque do mês anterior.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 10,5% no trimestre encerrado em abril, para o menor nível desde 2016, mas a falta de trabalho ainda atinge 11,3 milhões de brasileiros.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que foram criadas no país, de janeiro a maio deste ano, 1,05 milhão de vagas formais de emprego. O número representa queda na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram criadas 1,16 milhão de vagas.

Ao final de maio de 2022, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 41,7 milhões de empregos com carteira assinada.

O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (41,5 milhões) e com maio de 2021 (39,1 milhões). O Ministério também revisou para cima o saldo de abril, de 196.966 para 197443 empregos.

Setor de serviços é o que mais abriu vagas com carteira assinada em maio, seguido pela área de comércio

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Crédito: Agência Brasil / Elza Fiúza


Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 120.294 novos contratos, seguido pelo área de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com novas 47.557 vagas. Depois, vem o setor de indústria geral, com 46.975 novas vagas. Na sequência, está construção, com 25.341 novas vagas. Por último, está agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 26.747 novas vagas.

Na divisão pelas regiões brasileiras, as cinco apresentaram saldo positivo na geração de novas vagas, com a região Sudeste com o maior número de novas vagas, e a Centro-Oeste com o maior crescimento.

Foram mais 147.846 postos na região sudeste (0,69%); 48.847 postos no nordeste (0,73%); 33.978 postos no centro-oeste (0,94%), 25.585 postos no sul (0,33%); 16.091 postos no norte (0,82%).

Segundo os dados divulgados, o salário médio de admissão em maio foi de R$ 1.898,02 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 18,05, uma queda de 0,94%.

O único setor com variação positiva de salário foi o da construção, no valor de R$ 1.950,68 (+0,98%).

Os outros quatro setores registraram queda no salário, como comércio, reparação de veículos automotores e motocicleta, que ficou com o valor de R$ 1.645,35 (-0,47%); no setor de serviços: R$ 2.030,66 (-0,79%); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 1.659,94 (-1,74%); indústria geral: R$ 1.934,51 (-1,81%).

Para os economistas do ICL André Campedelli e Deborah Magagna, apesar de os dados parecerem animadores à primeira vista, o país continua com alta taxa de desemprego, com pouca melhora em relação à renda e seguiu tendência observada na maioria dos países, de melhora nos níveis de emprego.

Redação ICL Economia
Como informações das agências de notícias

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