Nos últimos dias, a internet foi invadida por anúncios prometendo o pagamento de indenização de R$ 30 mil pela Serasa a consumidores que tiveram dados vazados. As publicações, no entanto, são enganosas e se tratam de um golpe.
Ao todo, foram criados mais de 5,4 mil anúncios sobre uma falsa indenização da Serasa. As publicações direcionavam para sites não oficiais da empresa. Esses anúncios começaram a ser veiculados no final de janeiro, mas proliferaram a partir da metade de fevereiro. A informação é do UOL.
Os golpistas pagaram para que as publicações fossem impulsionadas nas redes sociais. Um único perfil, por exemplo, gerou 294 anúncios com o mesmo texto e arte, que circularam no Facebook e Instagram.
O impulsionamento das publicações nas redes sociais permite que uma mesma publicação seja vista por mais pessoas. O valor gasto para o impulsionamento, na maioria das vezes, ficou abaixo de R$ 100, porém, apenas um perfil desembolsou mais de R$ 2 mil em publicações em uma semana.
Nos anúncios, são usados um trecho de um programa da CNN — com a voz do apresentador alterada digitalmente — que é acompanhado da mensagem “Urgente: MPF obriga Serasa a pagar R$ 30 mil em indenização para cada usuário com dados vazados”. A maioria das publicações já foi retirada do ar.
Em resposta ao UOL, a Serasa afirmou que monitora anúncios e diz que postagens são falsas.
“Ao monitorar os anúncios, verificou que a maioria foi veiculada pelos mesmos perfis, falsos, criados recentemente, muitos já inativos, com poucas ou apenas essa publicação. Os veículos de comunicação têm se mostrado atentos aos fatos e prestado informação clara e verdadeira em relação ao tema. A Serasa Experian reafirma a regularidade de sua conduta e o rigoroso cumprimento da legislação brasileira”, disse a empresa.
Já a Meta, dona do Facebook e do Instagram, diz que não são permitidas atividades que tenham como objetivo “enganar, fraudar ou explorar terceiros”.
Serasa na Justiça
Em 2021, a Serasa foi acusada de vazar os dados, como CPF e número de telefone, de 220 milhões de brasileiros mortos e vivos, em ação movida pelo Instituto Sigilo. A empresa de análise de risco de crédito, no entanto, não foi condenado, como dito no anúncio golpista.
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