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Defesa de Coronel do Exército investigado por golpe insiste que ele quer depôr

Ex-assessor próximo de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara está preso há quase um mês
05/03/2024 | 09h38
Bolsonaro

Brasília (DF) 12/07/2023 — O ex-presidente Jair Bolsonaro (c) fala com jornalista após depoimento no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val (Podemos–ES). O inquérito foi aberto em fevereiro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Com Karla Gamba

A defesa do coronel do Exército e ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido, em caráter de urgência, para que seu depoimento na PF seja remarcado.

No pedido, o advogado Eduardo Kuntz insiste que Câmara quer prestar todos os esclarecimentos e contribuir com as investigações. Kuntz sugere ainda, como alternativa ao depoimento, que um tabelião o acompanhe ao Batalhão onde seu cliente está preso para que seja lavrada uma ata com tais esclarecimentos.

Um dos assessores mais próximos do ex-presidente da República, Marcelo Câmara, está preso desde o dia 8 de fevereiro por suspeita de participação na organização de um golpe de Estado.

De acordo com a Polícia Federal, Câmara faria parte do núcleo de “inteligência paralela”, que era responsável por monitorar o itinerário e deslocamento de autoridades que seriam presas quando o decreto de golpe fosse assinado por Bolsonaro. Também são apontados como integrantes desse núcleo: o general e ex-ministro do GSI, Augusto Heleno; e o tenente-coronel Mauro Cid.

No último dia 22, o coronel foi conduzido à sede da PF para prestar depoimento. No entanto, segundo seu advogado, Eduardo Kuntz, Marcelo Câmara ficou em silêncio, pois não teve garantido seu direito de estar acompanhado pela defesa — no mesmo horário, Kuntz acompanhava Tércio Arnaud Tomaz, também ex-assessor de Bolsonaro e preso na mesma investigação.

 

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